De acordo com um relatório da McKinsey, dentro da década, “75 milhões a 375 milhões de trabalhadores podem precisar mudar de categoria ocupacional e aprender novas habilidades”. Dados do relatório “How Robots Change the World”, da Oxford Economics indicam que mais de 8% da “força de trabalho de manufatura global deve ser substituída por robôs” até 2030. Em cerca de 60% das ocupações, mais de 30% das atividades poderiam ser automatizadas nos próximos dez anos, segundo a McKinsey.
Já o relatório “Work 2035“, da Citrix, aponta que quando chegarmos a 2035, tecnologia e Inteligência Artificial (IA) estarão no centro do mundo do trabalho: 91% dos profissionais entrevistados acreditam que até lá sua organização gastará mais em tecnologia e IA do que em trabalhadores humanos. E 90% dos líderes empresariais acreditam que o investimento em desenvolvimento e aplicações de IA será o maior impulsionador de crescimento para sua organização.
Alguns trabalhos serão, é claro, especializados. Mas em um mercado mais automatizado e digital, todos os trabalhadores vão se beneficiar de um conjunto fundamental de competências e habilidades para cumprir três critérios:
Em um white paper que reúne dados de uma pesquisa com 18.000 pessoas em 15 países, os especialistas e consultores Marco Dondi, Julia Klier, Frédéric Panier e Jörg Schubert, da McKinsey, identificaram 56 capacidades, habilidades e atitudes (que eles chamaram de DELTAs na pesquisa). Os autores começaram com quatro categorias amplas de habilidades – cognitiva, digital, interpessoal e autoliderança – em seguida, identificaram 13 grupos de habilidades pertencentes a essas categorias. Comunicação e flexibilidade mental são dois grupos de habilidades que pertencem à categoria cognitiva, por exemplo, enquanto a eficácia do trabalho em equipe pertence à categoria interpessoal.
Dentro das capacidades cognitivas, o pensamento crítico, a comunicação, o planejamento do trabalho e a flexibilidade mental compreendem habilidades como buscar informações relevantes, resolução de problemas de maneira estruturada, pensamento ágil, priorização de tarefas, adaptabilidade, saber fazer as perguntas certas e mostrar capacidade de aprender e de criar.
Nas habilidades digitais entram alfabetização e aprendizagem digital, análise de dados, pensamento algorítmico e computacional, sistemas inteligentes, alfabetização de cibersegurança, entre outros.
A pesquisa apontou que dois grupos de habilidades na categoria Digital – uso e desenvolvimento de software e compreensão de sistemas digitais – tiveram os resultados mais baixos. Isso é bem preocupante, considerando a aceleração com que a automação está chegando às empresas, especialmente depois da pandemia.
O que não foi surpresa: participantes com maior nível de escolaridade estão mais bem preparados para mudanças no ambiente de trabalho. Isso não significa, porém, que um nível de educação mais alto está associado a uma proficiência mais alta em todas as habilidades, competências e atitudes. Olhando para autoliderança e capacidades interpessoais, por exemplo, ter “autoconfiança”, “saber lidar com a incerteza”, “ter coragem para assumir riscos”, “ter empatia” e saber como “resolver conflitos”, não houve associação com educação.
A pergunta que fica é: como ajudar trabalhadores a se prepararem para empregos que nem existem ainda? A melhor pergunta, segundo James Rhyu, do conselho da Forbes, é como garantir que a automação atenda melhor às necessidades educacionais e de força de trabalho, que mudam rapidamente?
Rhyu sugere quatro maneiras de apoiar o objetivo comum de usar a automação em nosso benefício:
1.Formar mais parcerias entre empresas e instituições educacionais para garantir que os alunos do ensino médio estejam mais bem preparados para empregos em setores de alta demanda e alto crescimento, como tecnologia da informação e saúde.
2.Investir em mais iniciativas de desenvolvimento da força de trabalho, como programas de upskilling e reskilling para ajudar a reequipar e retreinar os trabalhadores que estão em maior risco de perda de empregos devido à automação.
3.Apoiar opções de aprendizagem inovadoras, como a aprendizagem baseada em projetos, para ajudar os alunos do ensino médio a imitar o ambiente de trabalho do mundo real e aprender habilidades à prova de automação, como trabalho em equipe e colaboração.
4.Criar mais oportunidades de aprendizagem remuneradas e online, como estágios, aprendizagens e experiências de acompanhamento de empregos para estudantes do ensino médio e profissionais interessados em fazer uma mudança de carreira.
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