s
A pandemia fez com que empresas tivessem de estabelecer novas cadeias de suprimento, modelos de negócios e avanços científicos, tudo em tempo recorde Crédito: Pixabay
INOVAÇÃO

6 sinais de mudanças para o futuro das organizações

As organizações devem estar atentas às possibilidades de novos negócios

Os sinais de mudança estão aí e seria preciso ser muito negacionista para ignorá-los. Tendências de longo prazo, como o aumento da importância das experiências, maior adoção da nuvem e mudanças nos padrões de compra passaram por disrupções e foram aceleradas ou revertidas em um espaço de 15 meses. Combinadas a mudanças estruturais trazidas pela pandemia, isso nos coloca diante de um ambiente de negócios maduro para a reinvenção.

É desse cenário que traz um forte desejo de olhar para o futuro e entender melhor a trajetória e impacto das mudanças que fala o relatório “Business Futures 2021”, da Accenture. O report, que é o primeiro desse tipo lançado pela consultoria, reforça que a pandemia fez com que empresas tivessem de estabelecer novas cadeias de suprimento, modelos de negócios e avanços científicos, tudo em tempo recorde. Ainda que 88% das organizações tenham finalmente uma imagem clara dos desafios que enfrentam hoje, apenas 6% estão totalmente confiantes em suas habilidades atuais de prever e responder a disrupções futuras.

A Accenture começou com uma lista de 400 tendências de crowdsourcing e juntamente com consultores externos, acadêmicos e pesquisadores reduziu o foco para 25 sinais de mudança nos negócios, que terão impacto nas organizações nos próximos três anos. Desses sinais, seis se destacaram no levantamento por trazer oportunidades de novos negócios e crescimento e por se mostrarem essenciais para o sucesso futuro de qualquer organização.

CADASTRE-SE GRÁTIS PARA ACESSAR 5 CONTEÚDOS MENSAIS

Já recebe a newsletter? Ative seu acesso

Ao cadastrar-se você declara que está de acordo
com nossos Termos de Uso e Privacidade.

Cadastrar


1. Aprendendo com o Futuro
Veja a mudança antes que aconteça
Para tomar decisões mais rapidamente, muitas organizações estão agora capturando novos conjuntos de dados e usando análises e Inteligência Artificial (IA) para identificar, responder e direcionar mudanças de mercado e de consumo. De acordo com o relatório, 77% das organizações aumentaram o uso de fontes internas e externas de dados em tempo real nos últimos 12 meses, mas apenas 38% relataram que as pessoas em toda a organização usam dados em tempo real de forma consistente em seu dia-a-dia. Além disso, apenas 36% das empresas disseram ter um C-level responsável por supervisionar esses esforços. Dos respondentes, 43% contam com uma força de trabalho com habilidades para apoiar esse esforço.

2. Levando para as PontasDescentralize a tomada de decisões
Com a crise global, os mercados se tornaram muito mais fragmentados. Novos hubs e regiões surgem com seus próprios sistemas de governança e modelos econômicos. Ao mesmo tempo, os comportamentos dos consumidores estão mudando rapidamente. Como resposta, as empresas empurram a tomada de decisão para as “bordas”, criando uma estrutura em rede de equipes que podem agir com velocidade e agilidade. Quando as empresas empoderam suas “pontas” para tomar a maioria das decisões operacionais do dia a dia, elas liberam sua sede para se concentrar nas principais decisões estratégicas. Segundo o relatório, 91% das organizações estão dispostas e são capazes de operar mais como uma ampla federação de empresas para responder a ambientes de negócios cada vez mais fragmentados, e mais da metade (58%) dizem que seu modelo de negócios mudará no próximo ano.

3. Propósito SustentávelMude de focado no propósito para gerido pelo propósito
Ter um propósito que beneficie todos os stakeholders é uma necessidade que todas as organizações reconhecem. Acontece que a pandemia trouxe uma diferença entre intenções e resultados. Construir a sustentabilidade na estrutura das operações e cumprir os compromissos adotados com os stakeholders traz grandes desafios. O relatório aponta que 28% dos executivos dizem que não estão pessoalmente comprometidos em entregar valor para todos os stakeholders, e quase metade (48%) das organizações relatam que uma das maiores barreiras é equilibrar seus interesses comerciais. A boa notícia é que a maré está mudando: apenas 24% dos líderes considerariam cortar investimentos em iniciativas ambientais, sociais e de governança (ESG) para evitar perder a orientação de lucros.

4. Fornecimento IlimitadoQuebre os limites físicos de cumprimento
Para atender às expectativas crescentes de atendimento rápido, flexível, econômico, responsável e sustentável, as organizações estão rompendo os limites físicos de suas cadeias de suprimentos e movendo a produção para o ponto de demanda. Segundo o relatório da Accenture, 92% das organizações aumentaram ou planejam aumentar o uso de centros de micro-atendimento. Um número semelhante (96%) de organizações tem ou planeja criar cadeias de abastecimento regionais. O alinhamento de valor para os stakeholders mostra sua importância: 80% das organizações dizem que as expectativas de seus clientes em relação à sustentabilidade aumentaram significativamente nos últimos 12 meses.

5. Virtualidades ReaisRedefina a realidade e o lugar
À medida que os ambientes virtuais amadurecem, os mundos físico e virtual estão confundindo e redefinindo nosso senso de realidade – criando novas maneiras de viver, trabalhar, consumir e socializar. O relatório aponta que 88% das organizações estão investindo em tecnologias para criar ambientes virtuais e, entre essas, 91% estão planejando investir mais. Ainda que a tecnologia atual de Realidade Virtual (VR) esteja mais focada em visão e audição, com o tempo ela se tornará cada vez mais realista, envolvendo todos os sentidos e criando uma maior conexão com o físico.

6. O Novo Método CientíficoTorne-se uma empresa científica
A inovação científica ganhou destaque durante a pandemia, ganhando prioridade na agenda de muitas corporações. Enquanto na última década todas as empresas se tornaram empresas digitais, na próxima década todas as empresas precisarão se tornar uma empresa científica – e aplicar a ciência para enfrentar os desafios fundamentais do mundo. Trabalhar na convergência das novas descobertas da ciência pode trazer possibilidades radicais, desde que as organizações possam aprimorar suas abordagens para a inovação. O relatório aponta que 83% das organizações concordam que a adoção de uma abordagem científica para a inovação será a chave para o sucesso futuro, e 82% disseram que investir em ciências fora de seus limites tradicionais da indústria será fundamental para o sucesso de sua organização.

10 maneiras de acelerar a inovação de base

Inovação

10 maneiras de acelerar a inovação de base

A ação coletiva e o consenso são necessários para converter as ideias e inovações de indivíduos e comunidades ricos em conhecimento, mas economicamente pobres, em meios viáveis ​​de aumentar a renda

Por Kenneth Kwok para o Fórum Econômico Mundial
A inovação aberta entre empresas e universidades

Inovação

A inovação aberta entre empresas e universidades

Para Bruno Rondani, CEO e fundador da 100 Open Startups, desenvolvimento da vacina contra a Covid-19 é um exemplo claro de open innovation

Por João Ortega
Como futuristas podem impactar a indústria

Inovação

Como futuristas podem impactar a indústria

A maioria das grandes empresas possui um setor em que uma equipe de futuristas trabalha para antever cenários, tendências e produtos. Mas em muitos casos, só querem saber das tendências

Por Soraia Yoshida
Como ser uma empresa future-ready

Inovação

Como ser uma empresa future-ready

Depois de quatro anos de pesquisas, este modelo traz insights para empresas que passam pela transformação digital

Por Silvia Bassi
Deep tech: a revolução está a caminho

Inovação

Deep tech: a revolução está a caminho

Deep techs, ao contrário das startups convencionais, mira no que não está lá: elas criam novos negócios e produtos a partir de descobertas científicas

Por Silvia Bassi
Inovação: mudar, pivotar ou dobrar a aposta?

Inovação

Inovação: mudar, pivotar ou dobrar a aposta?

A questão é que pivotar ou reforçar os esforços são uma solução que serve apenas para um terço das empresas. E as outras?

Por Soraia Yoshida