Não é de hoje que a rigidez das estruturas corporativas tradicionais está sendo substituída por modelos mais ágeis e flexíveis. As organizações que querem se manter à frente estão desmontando as camadas hierárquicas rígidas e funções fixas em favor de equipes orientadas para inovar e estão olhando bem de perto onde a Inteligência Artificial (IA) pode aumentar as capacidades humanas, como aponta um relatório recente da Oliver Wyman. Em outras palavras, identificar “onde o pensamento diversificado traz uma perspectiva diferente e onde as estruturas e processos desatualizados bloqueiam a inovação”.
Essa mudança exige que as empresas sejam mais flexíveis, adaptáveis e ágeis. O mesmo vale para as lideranças. Mas o que se vê vai na contramão desse senso: apenas 27% dos executivos acreditam que suas empresas são ágeis a ponto de enfrentar as transformações do mercado.
Empresas inovadoras encontram maneiras de fazer as coisas que funcionam para seu negócio. Muitas adotam sistemas em que os talentos são alocados de maneira mais fluida, conforme a demanda, semelhante ao modelos de squads. Os resultados são positivos: 60% de aumento na velocidade de entrega ao mercado e 59% de aceleração na inovação, de acordo com a Scrum Alliance. Ao adotar modelos em que as pessoas não se sentem “presas” a uma única área, elas são capazes de enxergar melhor a estrutura da organização e como podem colaborar para os resultados.
Outro vetor dessa transição de modelo organizacional está na valorização de habilidades, que acompanha a integração de novas tecnologias. Segundo o “Future of Jobs Report 2025”, do Fórum Econômico Mundial, 63% das organizações apontam identificam as lacunas de habilidades como a maior barreira para a transformação dos negócios. Quase 40% das principais habilidades que os trabalhadores precisam ter para atender à demanda do mercado de trabalho devem mudar até 2030. E quer saber? Os colaboradores querem ser parte desse movimento.
Cerca de 60% dos funcionários dizem que querem trabalhar em uma organização baseada em habilidades, enquanto 78% das lideranças sêniores acreditam que essa transição é importante para o futuro, de acordo com pesquisas do Oliver Wyman Forum. Mais da metade dos funcionários considera que a IA já mudou seu trabalho e as habilidades exigidas, tornando urgente a necessidade de reskilling e upskilling. No Brasil, quase 90% das empresas planejam melhorar a qualificação de seus colaboradores nos próximos cinco anos, de acordo com o Fórum Econômico Mundial.
Portanto, estamos falando de equipes enxutas, sem funções fixas e em que cada profissional aproveita melhor suas habilidades e desenvolve outras de forma colaborativa. Embora não seja algo novo, foi preciso a chegada da IA para “obrigar” muitas empresas a investir nessa transformação organizacional.
Para garantir que esse sistema possa se desenvolver e gerar resultados, as lideranças precisam ser adaptativas e dinâmicas, praticar empatia e ouvir com atenção o que as pessoas têm a dizer. Essa é a única maneira de sincronizar o descompasso existente entre como líderes enxergam as coisas – e o que os funcionários pensam.
O estudo da Oliver Wyman revela que 71% dos executivos acreditam que compreendem bem as necessidades dos funcionários, mas apenas 29% dos colaboradores concordam. Essa percepção é reforçada pelo relatório “State of the Global Workplace”, da Gallup, em que gestores tinham um entendimento equivocado das necessidades e de quão satisfeitos e engajados estavam os times.
Esse descompasso exige um “leadershift”, ou seja, uma mudança no modelo de gestão, mais centrado nas pessoas e em entender o que pensam, o que esperam e o que as motiva. E que passa também por um alinhamento de propósito e de se praticar aquilo que se diz: quando os colaboradores compreendem por que estão realizando suas tarefas, eles são 163% mais propensos a permanecer na empresa.
“Os vencedores de 2025 e dos anos seguintes serão as organizações cujos líderes priorizam o talento e reconhecem que essa transformação é mais do que apenas atualizar sistemas antigos – ela exige uma reimaginação fundamental de como o trabalho cria valor na organização moderna”, cita o relatório do Oliver Wyman Forum.
É preciso trabalhar uma visão coesa e compartilhada de qual caminho seguir. E saber quando mudar.
Para empresas e profissionais que querem se destacar nesse cenário de mudanças rápidas, algumas estratégias são essenciais:
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