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As competências do C-levels só aumentaram após a pandemia: ter visão de negócio é essencial para todos Crédito: BBVA
CARREIRA

O que muda no perfil dos C-levels

As competências dos C-levels só aumentaram após a pandemia: ter visão de negócio é essencial para todos

Por Soraia Yoshida 29/11/2021

Quando a Pfizer anunciou que Frank D’Amelio, CFO e vice-presidente executivo de Suprimento Global, iria se aposentar após quase 15 anos na empresa, o CEO Albert Bourla chegou a dizer que o executivo foi “fundamental na transformação de vários anos em uma empresa biofarmacêutica de base científica líder do setor”. Ele supervisionou a rede de manufatura da Pfizer e ajudou a orientar a empresa em "um de seus períodos mais desafiadores enquanto trabalhava para lidar com a crise da Covid-19", de acordo com o anúncio de sua saída. “Frank conduziu uma visão estratégica para o sucesso financeiro da empresa e deixa a Pfizer em uma posição forte para crescimento futuro”, afirmou Bourla em seu comunicado.

Duas coisas chamam atenção nesse comunicado. Uma é o fato do executivo ter seu trabalho reconhecido na transformação digital da companhia, em um período em que grandes empresas da antiga indústria farmacêutica se expandiram com o uso de novas tecnologias (a vacina mRNA da Pfizer, desenvolvida em menos de um ano, é apenas um exemplo). O outro foi o termo que Albert Bourla frisou de saída: a visão estratégica do CFO da empresa. O executivo que vier a ocupar a cadeira de D’Amelio deverá trazer esses e outros skills que, até alguns anos, provavelmente não entrariam no check list do Chief Financial Officer de uma grande empresa.

Está aí um exemplo claro que como as competências e o próprio perfil dos C-levels vem passando por mudanças que só foram aceleradas com a chegada da pandemia de Covid-19. No recente estudo “2021 EY Empathy in Business Survey”, da Ernst & Young, a empatia se destacou como o skill mais importante para lideranças. E não apenas porque denotaria uma pessoa de bom caráter, mas pela maneira que isso se reflete na organização: 90% dos entrevistados na pesquisa afirmaram que a liderança empática leva a uma maior satisfação no trabalho (o que afeta o desempenho de modo positivo) e 79% concordaram que ter uma liderança com essa característica diminui a rotatividade de funcionários. Retenção e aumento de. produtividade = bom para os negócios.

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