Lá se vão dois anos de pandemia, milhões de trabalhadores que da noite para o dia transformaram seus lares em um “puxadinho” do escritório, equilibrando os ganhos do trabalho remoto (fim da jornada casa-trabalho-casa, maior proximidade da família) com os perrengues (falta de estrutura para trabalhar, fim do limite claro entre trabalho e vida privada). O mundo do trabalho mudou, para o bem e para o mal. E trouxe com ele alguns companheiros que parecem dispostos a ficar. A solidão entre eles.
Em fóruns e redes sociais, mais pessoas começaram a compartilhar como se sentem após esse tempo todo de isolamento, medos, algumas alegrias e esperanças. A discussão sobre a importância que o trabalho deveria ter em nossas vidas faz parte disso. E a necessidade de reconstruir conexões também. Pelo menos 94% dos trabalhadores globais acreditam que seus colegas de trabalho experimentam um sentimento de solidão todos os meses, com 79% dizendo que isso acontece semanalmente. Mais: 26% dizem que a solidão é uma companhia diária.
“A solidão não é um transtorno de saúde mental. Eu posso sentir tristeza, que é uma experiência emocional e isso pode ou não deflagrar um quadro de depressão, sendo que isso pode ser fásico, ou seja, por alguns períodos de tempo, ou pode ser crônico”, explica neurocientista Ana Carolina Souza, sócia da Nêmesis, empresa que oferece assessoria e educação corporativa na área de Neurociência Organizacional. Enquanto a Síndrome do Burnout, por exemplo, está associada a um diagnóstico clínico, a solidão é uma experiência emocional mais difusa, mas que precisa ser encarada por seu impacto negativo sobre a saúde física e mental – reverberando no engajamento e na performance da pessoa. “Eu acho que a questão da solidão vai virar um assunto muito importante em pouquíssimo tempo. Porque se a gente olhar mais de perto, o oposto de se sentir sozinho é se sentir incluído e pertencendo a uma comunidade. Não quer dizer que não posso me sentir sozinha, mesmo rodeada de pessoas. Mas dentro de um processo de empatia, eu posso me identificar com os valores de um grupo, suas experiências de vida e me conectar, o que faz com que eu me veja de certa maneira em você. E vice-versa”.
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