Esta imagem mostra o progresso do crescimento em um experimento, conduzido por uma equipe de pesquisa do Massachusetts Institute of Technology (MIT), para cultivar uma estrutura semelhante a uma madeira em um laboratório a partir de células retiradas de uma planta zíniaCrédito: MIT/Laboratório de Tecnologia de Microsistemas
A necessidade mais premente da década é achar formas de tornar negócios mais sustentáveis mirando no impacto social, no meio ambiente e na governança corporativa
A necessidade é a mãe da invenção, diz o velho adágio. E a necessidade mais premente da década é achar formas de tornar negócios mais sustentáveis mirando no impacto social, no meio ambiente e na governança corporativa (mais conhecidas como ESG). Invenções para avançar em produtos que aproveitam o que já temos (economia circular) ou que são produzidos a partir de tecnologias que causam menos impacto estão pipocando diariamente, nos laboratórios das universidades ou em uma vila no Quênia. Confira:
Madeira de laboratório – Temos? Sim. Um grupo de pesquisadores do MIT enveredou pelo terreno do lab-grown plant e garante ser possível produzir madeira em laboratório usando técnicas de procriação de células vegetais e bioprint, a partir de amostras da árvore original. O texto completo do estudo foi publicado no repositório Science Direct. “Crescimento de materiais vegetais livres da agricultura é possível, controlável e limita o desperdício“, escrevem os cientistas. Na Wired você lê a descrição do processo.
Plástico vira tijolo – E melhor que concreto. É a invenção da queniana Nzambi Matee, dona da empresa Gjenge Makers, que fabrica 1.500 tijolos por dia em Nairobi utilizando resíduos plásticos. “São cinco vezes mais duros que concreto“, afirma. Ela recebe os resíduos de graça, das fábricas de embalagens, e compra lixo plástico dos catadores. Usa todos os tipos, menos garrafas PET.
Concreto sustentável – 28 bilhões de toneladas de concreto são produzidas por ano, e o cimento que é usado em sua composição gera 7% de todas as emissões globais de carbono. O concreto tem a capacidade natural de absorver dióxido de carbono do ar ao longo da vida, mas lentamente. Pesquisadores da Purdue University criaram uma receita de concreto mais sustentável que pode dobrar a velocidade de absorção de carbono, incluindo na mistura nanopartículas de dióxido de titânio, que também é usado em filtros solares e tintas. Outras alternativas continuam na pauta, em busca do concreto ideal.
Aço green – Dirigida pelo brasileiro Tadeu Carneiro, a startup Boston Metal está produzindo aço green usando uma tecnologia desenvolvida por professores do MIT, que muda o cenário da siderurgia ao substituir o carvão por energia elétrica. Bill Gates já investiu na startup, que agora levantou mais US$ 50 milhões em uma rodada Series B, na qual também entrou a Vale, investindo US$ 6 milhões. A tecnologia usada se chama MOE (molten oxide electrolysis ou eletrólise de óxido fundido) e usa eletricidade para transformar metais brutos em metal fundido de alta pureza, reduzindo as emissões de CO2.
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