Deep techs, ao contrário das startups convencionais, mira no que não está lá: elas criam novos negócios e produtos a partir de descobertas científicas
Onde a Ciência cruza com a tecnologia. Aí está o core das Deep Techs (Deep Technology), startups apoiadas em ciências da vida, engenharia, matemática, física e muita pesquisa. Uma deep tech, em oposição a startups convencionais, mira no que ainda não está lá. Enquanto o Uber, para dar um exemplo, parte de um produto e um setor conhecidos para inovar um modelo de negócio, uma deep tech avança para criar novos negócios e produtos a partir de descobertas científicas. Um terreno para empreendedores que preferem jalecos brancos a moletom com capuz.
Estamos falando de assuntos capazes de transformar a humanidade: computação quântica, biotecnologia, nanotecnologia, robótica, Inteligência Artificial, tecnologias aeroespaciais... Um relatório recém-lançado pela Sifted, em parceria com a Dealroom e apoiado pela Comissão Europeia, aponta 2021 como o ano das Deep Techs. Não por acaso. Uma das vacinas contra a Covid-19, gerada pelo consórcio Pfizer e BioNTech, ficou pronta em menos de um ano empregando a tecnologia de mRNA que, embora seja pesquisada há 30 anos, nunca tinha sido utilizada em uma vacina.
A definição de deep tech foi lançada em 2014 pela engenheira indiana Swati Chaturvedi, CEO e co-fundadora da plataforma de investimento anjo Propel(x). Em um artigo publicado em 2015, ela sinalizava a tendência que ganha mais relevância nessa década.
Conteúdo exclusivo para membros da The Shift
Aproveite a promoção e assine
Modelo de inovação soluciona problemas complexos imitando mecanismos naturais e terá impacto de US$ 450 bilhões no PIB global até 2030
Equipamentos de última geração e avanços em robótica e IA estão transformando salas de operação
É tentador pensar que os inovadores são uma raça à parte ou têm a sorte de estar no lugar e na hora certos. É uma questão de como lidar com risco e incerteza