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O número de afastamentos por transtornos mentais disparou no Brasil. Com a nova norma, empresas precisarão olhar além da produtividade e priorizar o bem-estar dos funcionários (Crédito: Freepik)
LIDERANÇA

Saúde mental no trabalho: a NR-1 pode ser o começo da mudança?

O Brasil enfrenta uma crise de saúde mental no ambiente corporativo. Regulamentação pode ajudar – mas só se houver fiscalização e compromisso real das empresas

Por Soraia Yoshida 16/03/2025

A partir de 26 de maio, empresas brasileiras terão de avaliar os riscos à saúde mental dentro dos planos de segurança e saúde do trabalho. A exigência – que faz parte da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), publicada em agosto de 2024 – estabelece que além de ameaças que possam resultar em acidente, agentes físicos, químicos, biológicos ou ergonômicos, as companhias terão de olhar também para questões que podem afetar a saúde mental dos funcionários.

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) está preparando um relatório para as empresas, com as orientações que servirão para essas avaliações. Não será um guia de como fazer essas avaliações e sim guidelines gerais para que as empresas, com ajuda de especialistas, possam fazer a análise de predição de riscos.

A NR-1 chega em um momento importante. Em 2024, o sistema de saúde brasileiro emitiu mais de 472 mil licenças médicas relacionados a transtornos mentais, o que representou um aumento de 68% sobre os mais de 283 mil afastamentos do trabalho no ano anterior. Pressão para atingir resultados e o medo do desemprego aparecem na lista mas os especialistas apontam que essa é uma das cicatrizes deixadas pela pandemia.

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