s
Crédito: Pexels/Pixabay
CARREIRA

Por mais mulheres na liderança

No mundo corporativo, um levantamento indica que apenas 46% se dizem plenamente confortáveis com uma mulher como chefe. Em organizações brasileiras, o número cai para 43%

A transformação cultural do mundo corporativo passa pela igualdade de gênero na liderança – e vice-versa. No setor de tecnologia, o desafio de ter maior representatividade feminina em cargos de tomada de decisão é evidente há 25 anos. Mas a cultura do ecossistema de inovação caminha lentamente para este objetivo.

De acordo com pesquisa da Deloitte do ano passado, mulheres ocupam apenas 16,9% dos cargos de liderança globalmente. No Brasil, a proporção cai para 8,6%. O setor de tecnologia não aparece entre as indústrias com maior parcela feminina na liderança, mas nas cinco big techs dos EUA (Facebook, Amazon, Apple, Google e Microsoft) a proporção cresce para 30%.

É consenso entre estudos nesta área que diversidade na liderança promove resultado e inovação. No mercado financeiro, fundos geridos por mulheres performam melhor do que os controlados por homens, de acordo com dados revelados pelo Goldman Sachs. Aliás, o banco definiu que a partir de julho não iria intermediar processos de IPOs de empresas que não tivessem ao menos uma mulher no conselho.

CADASTRE-SE GRÁTIS PARA ACESSAR 5 CONTEÚDOS MENSAIS

Já recebe a newsletter? Ative seu acesso

Ao cadastrar-se você declara que está de acordo
com nossos Termos de Uso e Privacidade.

Cadastrar

A intenção do Goldman Sachs é boa, mas a iniciativa não é suficiente. Empresas não podem simplesmente inserir uma mulher em um conselho de administração e reivindicar uma posição de apoio à igualdade e diversidade de gênero. Trata-se de uma transformação cultural para a diversidade que se origina e se concretiza nas posições de liderança.

Apenas 46% do mundo corporativo diz estar plenamente confortável com uma mulher como chefe, segundo levantamento da Kantar. Em organizações brasileiras, o número cai para 43%. Estes dados comprovam que ainda existem diversas barreiras culturais invisíveis impedindo que as mulheres possam crescer na carreira e efetivamente atuar como líderes.

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Tendências

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Inteligência Artificial

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Tendências

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Apesar da percepção de recuo, o ESG está se transformando. Dados mostram que líderes priorizam o tema e empresas capturam valor com IA, KPIs estratégicos e parcerias de longo prazo

Falta de progresso trava Geração Z e desafia empresas

Carreira

Falta de progresso trava Geração Z e desafia empresas

Jovens da Geração Z estão prontos para mudar de emprego por falta de progresso. Alta ambição, uso intenso de IA e insegurança moldam sua relação com o trabalho

IA precisa de talento para entregar valor: o tripé das novas competências

Liderança

IA precisa de talento para entregar valor: o tripé das novas competê...

Para Thomaz Cortes, da McKinsey, IA só gera valor quando empresas investem em talentos com fundamentos em tecnologia, negócio e conhecimento do setor.

Kasley Killam: saúde social como vantagem competitiva nas empresas

Entrevista

Kasley Killam: saúde social como vantagem competitiva nas empresas

A cientista social Kasley Killam mostra que a conexão entre pessoas no trabalho aumenta a colaboração, inovação, resiliência e qualidade das entregas