A digitalização do mercado, acelerada pela pandemia da Covid-19, fez com que a maior parte dos pontos de contato entre empresas e clientes migrasse para o online. Profissionais do marketing global estão se reinventando para manter a relevância nesta nova dinâmica. Segundo estudo da Deloitte, mais de 70% do setor enxerga o valor nas interações virtuais criadas ao longo de 2020 e 63% acredita que as tecnologias digitais vão continuar aumentando o impacto no marketing, mesmo quando os efeitos do coronavírus na sociedade forem mitigados.
Os dados do gráfico acima mostram que as principais estratégias dos marketeiros para superar a crise são relacionadas à presença online das marcas. Conclusões de um levantamento de tendências em marketing digital da Prophet vão na mesma direção: 52% das empresas afirmam que o principal desafio do momento é integrar tecnologias de marketing à operação, e uma em cada cinco diz ter acelerado o processo de transformação digital durante a pandemia.
Personalização omnichannel é o que a maioria das marcas busca ao aplicar tecnologia nos pontos de contato com o cliente. A Prophet revela que 95% das empresas já utiliza alguma solução de personalização para impactar o usuário, sendo que metade conta com algoritmos preditivos de IA para este fim. Na mesma linha, 77% dos CMOs ouvidos pela Deloitte automatizaram parte do trabalho das equipes de marketing ao longo de 2020.
Consumidores estão mais atentos a propósito e ações positivas criadas pelas marcas; organizações ágeis aumentam a eficiência das equipes; fidelizar clientes e gerar receita recorrente é um dos objetivos primordiais da indústria. São dezenas de tendências de marketing identificadas pelos dois estudos, mas vale aqui destacar dois eixos que concentram grande parte delas: talentos e colaboração.
Equipes de marketing dentro das empresas passam por um momento de reorganização. Como mostram os dados da Deloitte (ao lado), automação de tarefas, redução de colaboradores e terceirização de projetos para agência externas foram práticas comuns ao longo deste ano. Soma-se a este cenário o crescimento da gig economy: 14% dos freelancers entraram neste modelo de trabalho pela primeira vez em 2020.
Ainda que as equipes estejam reduzidas, o mercado encontra dificuldades em encontrar os talentos certos. Segundo a Prophet, 51% das empresas de marketing digital têm o recrutamento entre os maiores desafios. Análise de dados (42%) e automação de marketing (39%) são as expertises mais procuradas pelo setor. Encontrar essas habilidades é a principal dificuldade para aplicar tecnologia para 48% dos entrevistados, acima até de restrições de orçamento (46%).
“Acho que os profissionais de marketing devem ser ágeis e abertos a mudanças. Sempre há novas tecnologias para aprender a utilizar e os quem adotá-las será beneficiado no longo prazo”, afirma Suzanne Kounkel, CMO da Deloitte.
Está cada vez mais claro setor de marketing não deve ser uma “ilha” separada do restante das empresas. Para a maioria os profissionais entrevistados pela Prophet, as áreas de comunicações, tecnologia, produto, atendimento ao consumidor e vendas ficaram mais integradas ao marketing digital nos últimos dois anos, e o movimento deve se intensificar, como mostra o gráfico a seguir.
No entanto, o conceito de colaboração vai mais além na Nova Economia. De acordo com a Deloitte, a pandemia acelerou a tendência de parceria entre empresas diferentes para ampliar o contato com clientes em um ecossistema integrado. Para 36% dos líderes da indústria, realizar parcerias com negócios de outros setores foi um dos ajustes de modelo de negócio feitos em 2020. Destes, 78% pretendem manter ou criar novas colaborações mesmo quando a crise global for superada.
Há um terceiro nível de colaboração que surge como tendência de marketing para 2021 no levantamento da Deloitte: a participação do usuário. Neste ano, 56% dos consumidores relacionaram-se de forma ativa com as marcas em meios digitais. O Brasil é o país líder nesse quesito, com 67% dos clientes interagindo por meio de reviews de produtos ou serviços, conversas online, conselhos para outros usuários e conteúdos autorais sobre as empresas.
“Olhe para o espaço digital como uma forma de estabelecer conexões mais profundas com os clientes, em vez de vê-lo como uma barreira para a interação humana”, afirma Suzanne Kounkel. “É uma oportunidade de fazer o ambiente online se tornar uma via de mão dupla para comunicação de marca”.
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