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TENDÊNCIAS

Tendências de marketing para 2021: talentos e colaboração

Estudos concluem que, com a digitalização do setor durante a pandemia, ano que vem será marcado por reorganização das equipes e da indústria em geral

A digitalização do mercado, acelerada pela pandemia da Covid-19, fez com que a maior parte dos pontos de contato entre empresas e clientes migrasse para o online. Profissionais do marketing global estão se reinventando para manter a relevância nesta nova dinâmica. Segundo estudo da Deloitte, mais de 70% do setor enxerga o valor nas interações virtuais criadas ao longo de 2020 e 63% acredita que as tecnologias digitais vão continuar aumentando o impacto no marketing, mesmo quando os efeitos do coronavírus na sociedade forem mitigados. 

Os dados do gráfico acima mostram que as principais estratégias dos marketeiros para superar a crise são relacionadas à presença online das marcas. Conclusões de um levantamento de tendências em marketing digital da Prophet vão na mesma direção: 52% das empresas afirmam que o principal desafio do momento é integrar tecnologias de marketing à operação, e uma em cada cinco diz ter acelerado o processo de transformação digital durante a pandemia. 

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Personalização omnichannel é o que a maioria das marcas busca ao aplicar tecnologia nos pontos de contato com o cliente. A Prophet revela que 95% das empresas já utiliza alguma solução de personalização para impactar o usuário, sendo que metade conta com algoritmos preditivos de IA para este fim. Na mesma linha, 77% dos CMOs ouvidos pela Deloitte automatizaram parte do trabalho das equipes de marketing ao longo de 2020. 

Consumidores estão mais atentos a propósito e ações positivas criadas pelas marcas; organizações ágeis aumentam a eficiência das equipes; fidelizar clientes e gerar receita recorrente é um dos objetivos primordiais da indústria. São dezenas de tendências de marketing identificadas pelos dois estudos, mas vale aqui destacar dois eixos que concentram grande parte delas: talentos e colaboração. 

Talentos em tecnologia

Equipes de marketing dentro das empresas passam por um momento de reorganização. Como mostram os dados da Deloitte (ao lado), automação de tarefas, redução de colaboradores e terceirização de projetos para agência externas foram práticas comuns ao longo deste ano. Soma-se a este cenário o crescimento da gig economy: 14% dos freelancers entraram neste modelo de trabalho pela primeira vez em 2020. 

Ainda que as equipes estejam reduzidas, o mercado encontra dificuldades em encontrar os talentos certos. Segundo a Prophet, 51% das empresas de marketing digital têm o recrutamento entre os maiores desafios. Análise de dados (42%) e automação de marketing (39%) são as expertises mais procuradas pelo setor. Encontrar essas habilidades é a principal dificuldade para aplicar tecnologia para 48% dos entrevistados, acima até de restrições de orçamento (46%). 

“Acho que os profissionais de marketing devem ser ágeis e abertos a mudanças. Sempre há novas tecnologias para aprender a utilizar e os quem adotá-las será beneficiado no longo prazo”, afirma Suzanne Kounkel, CMO da Deloitte

Colaboração é a chave

Está cada vez mais claro setor de marketing não deve ser uma “ilha” separada do restante das empresas. Para a maioria os profissionais entrevistados pela Prophet, as áreas de comunicações, tecnologia, produto, atendimento ao consumidor e vendas ficaram mais integradas ao marketing digital nos últimos dois anos, e o movimento deve se intensificar, como mostra o gráfico a seguir. 

No entanto, o conceito de colaboração vai mais além na Nova Economia. De acordo com a Deloitte, a pandemia acelerou a tendência de parceria entre empresas diferentes para ampliar o contato com clientes em um ecossistema integrado. Para 36% dos líderes da indústria, realizar parcerias com negócios de outros setores foi um dos ajustes de modelo de negócio feitos em 2020. Destes, 78% pretendem manter ou criar novas colaborações mesmo quando a crise global for superada. 

Há um terceiro nível de colaboração que surge como tendência de marketing para 2021 no levantamento da Deloitte: a participação do usuário. Neste ano, 56% dos consumidores relacionaram-se de forma ativa com as marcas em meios digitais. O Brasil é o país líder nesse quesito, com 67% dos clientes interagindo por meio de reviews de produtos ou serviços, conversas online, conselhos para outros usuários e conteúdos autorais sobre as empresas. 

“Olhe para o espaço digital como uma forma de estabelecer conexões mais profundas com os clientes, em vez de vê-lo como uma barreira para a interação humana”, afirma Suzanne Kounkel. “É uma oportunidade de fazer o ambiente online se tornar uma via de mão dupla para comunicação de marca”.

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