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SXSW 2023: átomos vs. bits e o futuro em 2050

As Deep Techs vão resolver os grandes problemas da humanidade, fazendo coisas como captura de carbono, fusão nuclear e viagens espaciais

Por Redação The Shift 26/03/2023

Ilustração: SXSW

Quem vai mudar o mundo em 2050? O software ou o hardware? Para os participantes do painel “Atoms vs. Bits: Complex Hardware Makes a Comeback“, a resposta óbvia é o hardware. Mas não um hardware qualquer. Daqui para frente, entramos no mundo das Deep Techs, nas quais os grandes problemas da humanidade só se resolvem com computadores extremamente poderosos, que trocam bits por átomos e fazem coisas como captura de carbono, fusão nuclear e viagens espaciais.

O grupo tinha quatro pessoas cujos currículos intimidariam muita gente:

  • Lauren Lyons, fundadora e CEO de uma startup que está focada no hardware de interseção entre ciência climática e aeroespacial;
  • Skyler Shuford, cofundador e diretor de operações da Hermeus, uma startup que quer garantir viagens aéreas na velocidade Mach 5;
  • Darby Dunn, VP de operações da Commonwealth Fusion Systems (CFS), uma startup de energia limpa que está trabalhando com fusão nuclear.
  • Casey Handmer, físico que fundou a Terraform Industries, que captura CO₂ do ar para transformá-lo em gás natural zero carbono.

Para quem está de fora desse ecossistema em que vivem, diz Shuford, “as tecnologias com que estamos trabalhando podem parecer beirar a insanidade, mas será que elas vão fazer um mundo melhor em 2050”?

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“Quando eu comecei a trabalhar na SpaceX”, diz Lauren, “parecia impossível fazer viagens espaciais a custo baixo e agora isso é possível. Esse avanço faz com que acreditemos que muitas outras coisas impossíveis podem acontecer. Um estudante universitário hoje pode enviar um satélite para o espaço, por exemplo”.

“Acho que muitas pessoas estão percebendo agora que tem muito dinheiro a ser feito com projetos de grande impacto tecnológico, mesmo que os prazos sejam longos e os custos, nesse momento, sejam super altos”, completa.

O ponto-chave, levantado pelo grupo de cientistas empreendedores, é que o conhecimento e a tecnologia disponíveis hoje permitem empreender em cenários extremamente complexos tecnologicamente. Coisas que dez anos atrás não seriam praticáveis. Se somar as próximas décadas, fica virtualmente impossível ter repertório – para além desse grupo – para conseguir imaginar o mundo em 2050.