s
As habilidades sociais são particularmente importantes em ambientes onde a produtividade depende de uma comunicação eficaz, como acontece nas grandes organizações Crédito: Pixabay
CARREIRA

Sem habilidades sociais, não dá para ser CEO

A mudança nas habilidades desejadas pelas organizações privilegia a boa comunicação e a capacidade de convencer e entender o que as pessoas querem

Por Soraia Yoshida 27/06/2022

Sem habilidades sociais, não há CEO hoje que dê conta de operações de negócios tão complexas, centradas na tecnologia e em uma força de trabalha muito mais diversa. Em um momento em que quatro gerações ocupam espaço lado a lado no mercado de trabalho, as lideranças precisam se destacar como comunicadores habilidosos, capazes de construir relacionamentos transparentes e de confiança. Essas lideranças precisam ainda evocar as habilidades que já vinham sendo desenvolvidas, especialmente a capacidade de navegar cenários incertos, promover a transformação de suas organizações, se adaptar e solucionar problemas à medida que vão aparecendo. Está achando pouco? Pode ter certeza que não é.

“Hoje, as empresas precisam contratar executivos capazes de motivar forças de trabalho diversificadas, tecnologicamente experientes e globais; quem pode desempenhar o papel de estadista corporativo, lidando efetivamente com constituintes que vão desde governos soberanos a ONGs influentes; e que podem aplicar de forma rápida e eficaz suas habilidades em uma nova empresa, em um setor que pode ser desconhecido e, muitas vezes, com colegas do C-suite que eles não conheciam anteriormente”, escrevem Raffaella Sadun, Joseph Fuller (da Harvard business School), Stephen Hansen (Imperial College) e PJ Neal (Russell Reynolds Associates) em artigo para a Harvard Business Review. Segundo eles, essas mudanças representam um “desafio fenomenal” para o recrutamento de executivos, uma vez que muitas habilidades “soft” sequer constam de currículos ou são reconhecidas. “Simplificando, está ficando mais difícil e menos prudente confiar em indicadores tradicionais de potencial gerencial”.

Quando levantamos as características que estavam formando o novo perfil dos C-levels, no final do ano passado, já estava clara essa mudança. “O perfil do líder de hoje é de alguém participativo, que dá autonomia para a equipe, que quer entender o que cada um está fazendo não para controlar, mas porque ele sabe que a inovação vem de baixo para cima”, chegou a dizer Mário Custódio, Diretor da Área de Executive Search da consultoria Robert Half no Brasil, especializada no recrutamento de executivos para lideranças. As soft skills se tornaram praticamente mandatórias não apenas para o CEO, como para todos os C-levels, o que tem feito com que organizações em busca de candidatos para suas cadeiras no nível mais alto busquem por pessoas com resiliência, paciência, equilíbrio, moderação, autoconfiança, compreensão, empatia, compaixão.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Gestão de mudanças também é cultura e estratégia

Gestão

Gestão de mudanças também é cultura e estratégia

Nunca foi tão necessário repensar toda a abordagem da empresa à mudança. Entraremos em uma época na qual a capacidade de mudar se tornará central para a estratégia corporativa.

É hora de ouvir mais e agir rápido para não perder pessoas-chave

Gestão

É hora de ouvir mais e agir rápido para não perder pessoas-chave

Chegou a época do ano de fazer balanço e, de segurar aquelas pessoas que fazem a diferença na empresa. Já ouviu falar de "stay interviews"?

O que torna o feedback tão difícil?

Liderança

O que torna o feedback tão difícil?

A dor de descobrir lacunas profundas provoca fortes emoções e aciona gatilhos indesejados. Às vezes, a hesitação em aceitar essas lacunas vem das reservas que temos com a pessoa que as apontou

Mais princípios, menos conflitos

Gestão

Mais princípios, menos conflitos

Quando as empresas enfrentam decisões difíceis, princípios bem articulados podem ajudá-las a fazer melhores escolhas. Mais do que declarações vazias se missão e valores. E o que define os princípios?

O custo do atraso e a arte da priorização

Gestão

O custo do atraso e a arte da priorização

Para tomar decisões, precisamos compreender o quão valioso e o quão urgente algo é.

Cultura de Design Responsável. Você tem?

Tendências

Cultura de Design Responsável. Você tem?

Se quisermos tornar as nossas empresas preparadas para o futuro, temos de mudar o nosso foco de proporcionar a melhor experiência para “ter um impacto significativo na sociedade e no ambiente".