s
Microshifting, IA e controle: os dilemas do trabalho em 2025 (Crédito: Freepik)
TENDÊNCIAS

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.

Por Soraia Yoshida 25/09/2025

Se nos últimos cinco anos a grande questão era onde trabalhar – casa, escritório ou modelo híbrido –, agora a discussão se desloca para quando trabalhar. Quase metade dos trabalhadores do conhecimento (47%) afirma não ter a flexibilidade desejada em seus horários de trabalho. Pelo menos 37% dizem que não aceitariam uma vaga em empresas que não oferecem horários flexíveis, de acordo com o relatório “2025 State of Hybrid Work”, da Owl Labs. Mais: 27% afirmam que aceitariam reduzir seu salário em 8% para trabalhar quatro dias na semana.

Falar de flexibilidade é falar de “quando”: quando começar a trabalhar, quando terminar o expediente, quando entregar demandas. Muitas empresas simplesmente ignoram a necessidade de estabelecer acordos claros, levando a arranjos individuais. A pesquisa mostra que 30% dos funcionários não têm hora definida para começar ou terminar o expediente, e 59% marcam compromissos pessoais durante o horário de trabalho, sendo que 38% chegam a dedicar até uma hora por dia a essas atividades (excluindo o horário de almoço). Esse fenômeno reflete a dissolução das fronteiras entre vida pessoal e profissional.

O fenômeno do “Hybrid Creep”

Se por um lado há pressão dos funcionários por mais flexibilidade, por outro existe o movimento silencioso de retorno aos escritórios. O relatório identifica o chamado “hybrid creep”, em que os dias exigidos no escritório aumentam gradualmente, mesmo sem mudanças formais de política.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Por que a agenda do CEO em 2026 começa antes da Inteligência Artificial

Tendências

Por que a agenda do CEO em 2026 começa antes da Inteligência Artific...

Infraestrutura, processos e pessoas se tornam o verdadeiro teste de maturidade para escalar IA com impacto real nos negócios

Engenharia e P&D sob pressão: custos sobem, decisões atrasam

Inteligência Artificial

Engenharia e P&D sob pressão: custos sobem, decisões atrasam

Relatório global da Capgemini mostra por que tecnologia não é mais o gargalo — e como a lentidão organizacional ameaça a competitividade.

Empresas que priorizam mulheres avançam mais rápido — e o risco agora é andar para trás

Tendências

Empresas que priorizam mulheres avançam mais rápido — e o risco ag...

Dados do Women in the Workplace 2025 mostram que organizações com mais mulheres na liderança performam melhor, mas alertam para um possível retrocesso no avanço feminino

Se 2025 foi o ano do caos, 2026 será o ano do teste definitivo da governança

Segurança

Se 2025 foi o ano do caos, 2026 será o ano do teste definitivo da gov...

O ano em que ataques hackers, fraudes bilionárias, falhas de governança, bebidas adulteradas e deepfakes expuseram os limites das estruturas de segurança no Brasil e no mundo

Por Fernando Fleider
Treinar para reter: por que aprendizado virou fator decisivo para manter talentos em 2026

Tendências

Treinar para reter: por que aprendizado virou fator decisivo para mant...

Dados mostram que treinamento e desenvolvimento pesam cada vez mais na decisão de ficar ou sair de uma empresa — e que o maior gargalo não é orçamento, mas tempo para aprender

Big Ideas 2026: por que a governança vira produto no próximo ciclo da tecnologia

Segurança

Big Ideas 2026: por que a governança vira produto no próximo ciclo d...

O novo relatório da Andreessen Horowitz mostra por que dados, identidade, segurança e infraestrutura deixam de ser “bastidores” e passam a definir quem escala — e quem fica para trás