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IA, personalização e Gen Z: o futuro do consumo já começou (Crédito: Freepik)
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Como IA e Commerce Media estão redesenhando o consumo global

IA, dados e automação estão transformando o consumo. Entenda quem é o novo consumidor e como sua empresa deve se adaptar para não ficar para trás

O consumo está passando pela maior transformação desde a ascensão da internet. IA, dados e automação estão no centro dessa mudança. O consumidor é digital, mais exigente, mais volátil e, ao mesmo tempo, mais disposto a pagar por conveniência, personalização e propósito, como apontam relatórios da McKinsey, KPMG e um estudo da Harvard Business Review. A seguir, apontamos insights que podem ajudar as empresas a entender o que muda no consumo.

Quem é o consumidor de 2025

O consumidor de 2025 é alguém que

  • Passa mais tempo sozinho e mais tempo online. Nos EUA, os consumidores relatam ter, em média, 3 horas a mais de tempo livre por semana do que em 2019 – e 90% desse tempo é dedicado a atividades individuais como compras online, hobbies e redes sociais.
  • Busca constante por conveniência e gratificação instantânea. A tolerância para fricções na jornada de compra caiu drasticamente. Entregas rápidas, devoluções facilitadas e personalização deixaram de ser diferenciais e se tornaram pré-requisitos.
  • Tem perfil de consumo híbrido: os consumidores estão dispostos a “fazer downgrade” em alguns itens para poder gastar mais em outros – algo que desafia modelos tradicionais de previsão de demanda.
  • É sensível a preço: a inflação é a maior preocupação global, mas paradoxalmente os consumidores continuam dispostos a gastar em experiências e itens que consideram valiosos.
  • É digital-first: o e-commerce segue como canal dominante, com mais de 90% dos consumidores na China e nos EUA comprando em plataformas exclusivamente digitais no último mês.
  • É menos fiel às marcas: confiança em mídias tradicionais e marcas caiu. O maior fator de influência hoje são amigos e familiares, embora redes sociais e influenciadores ainda desempenhem papel relevante, especialmente junto à Geração Z.

A Geração Z redefine o futuro do consumo

  • A Geração Z é a primeira geração verdadeiramente digital e será a mais rica da história. Nos EUA, um jovem de 25 anos da Geração Z tem renda 50% maior que um baby boomer na mesma idade.
  • Mesmo com preocupações financeiras, são os que mais gastam e mais contratam serviços de compra parcelada, como Buy Now, Pay Later (BNPL).
  • Seus valores priorizam conveniência, autenticidade, propósito e experiências.
  • Zoomers têm muito mais probabilidade de se definirem com base em conquistas relacionadas à segurança financeira, como sucesso profissional e geração de riqueza (73% e 36% mais probabilidade do que os membros das gerações mais velhas), do que casar e ter filhos, por exemplo.
  • Globalmente, os consumidores da Geração Z são mais otimistas em relação às questões sociais em comparação com outras gerações, mas menos otimistas quanto à estabilização da inflação e à queda dos preços. Na China, apenas 11% dos entrevistados da Geração Z relatam estar preocupados com seu futuro financeiro, frente a 40% na Alemanha, Reino Unido e EUA.
  • A Geração Z é mais disposta a se endividar. Na China, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, 34% dos entrevistados da Geração Z relatam disposição para comprar a crédito, o que é cerca de 13 pontos percentuais a mais do que as demais gerações.
  • O desejo da Geração Z por segurança financeira, aliado à tendência a gastar, significa que as marcas precisam criar produtos e experiências que a Geração Z considere dignos de ostentação (o que pode ser baseado nas últimas tendências ou no boca a boca). Os entrevistados da Geração Z tendem a gastar em vestuário (34%) e beleza (29%).

A revolução da IA no marketing, nas vendas e na decisão empresarial

A IA deixou de ser uma ferramenta complementar para se tornar motor de decisões rápidas e personalizadas em Vendas, Marketing e Operações. Segundo pesquisa publicada na HBR:

  • Empresas como Microsoft viram um aumento de 40% na produtividade das vendas com IA, graças a ferramentas que priorizam leads, sugerem ações e identificam riscos de churn.
  • Morgan Stanley usa IA verbal-visual para resumir comunicações, criar propostas personalizadas e preparar interações com clientes, analisando mais de 100 mil documentos internos em segundos.
  • Cadeias de suprimento estão operando em tempo real, como no setor farmacêutico, em que a IA ajusta remessas de vacinas de acordo com dados de demanda, surtos e agendas de pacientes.

IA Generativa muda o jogo no Marketing e na Publicidade

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