Quanto tempo falta para um novo ecossistema de mobilidade urbana, acessível e verde, com carros voadores 100% elétricos, silenciosos e seguros?
Não foi só nas filas que o Brasil brilhou na SXSW.O sonho de viver um novo ecossistema de mobilidade urbana, acessível e verde, com carros voadores 100% elétricos, silenciosos e seguros, chegou ao evento por meio da Eve Air Mobility, a divisão de negócios da Embraer que atualmente é líder mundial em eVTOLs (“electric vertical take-off and landing”).
Se você pensou no carro voador dos Jetsons, acertou. O eVTOL é uma aeronave elétrica pequena, que pode decolar e aterrissar na vertical. No painel “Mobilidade aérea urbana: o que vem a seguir?“, André Stein, co-CEO da Eve; a ex-administradora da FAA, Marion Blakey; Kyle Shepard, diretor de relações intergovernamentais da cidade de Orlando; e Matt Thurber, editor-chefe da Aviation International News, debateram quanto falta para esse futuro e como ele pode mudar a vida nas cidades.
O protótipo do eVTOL da Eve estava em exposição, pela primeira vez nos Estados Unidos, lá em Austin, mexendo com o imaginário dos participantes. E cumprindo o papel de materializar o mote da companhia: “reimaginar a mobilidade e como as pessoas vão se mover e viajar hoje e no futuro”.
Stein lembrou que a primeira vez que a Eve falou de um carro aéreo foi na SXSW de 2018, portanto celebrou o fato de “estar refazendo o caminho para mostrar aqui o protótipo”.
Para Shepard,que vive o pesadelo de uma cidade cheia de parques temáticos, cujo espaço aéreo está infestado de helicópteros, o eVTOL é a esperança de um modelo de mobilidade urbana mais sustentável e robusto.
Do que depende esse futuro “jetsoniano”? Do lado da Eve, a previsão das primeiras entregas é para 2026. O eVTOL já tem 2.770 encomendas, de 26 clientes em vários continentes. A companhia não faz apenas o hardware, mas está trabalhando em um ecossistema de mobilidade aérea urbana que vai envolver mais soluções, inclusive de infraestrutura.
A regulação, explicou Blakey, também é uma peça vital para a materialização do futuro. A torcida é para que a velocidade da regulamentação das regras de segurança e das restrições case com a velocidade do desejo do consumo de massa. Embora o “de massa” ainda não seja a expressão mais correta, já que cada carro voador vai custar US$ 3 milhões, no início.
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