Jennifer Granholm, secretária de energia dos EUA, fez uma apresentação que foi desde energia solar e eólica até o uso de hidrogênio verde como fonte de energia negativa de carbono
Como um futuro movido a energia limpa e verde pode ser? E se for criado pelos Estados Unidos? Esse foi o tema abordado pela secretária de energia dos EUA, Jennifer Granholm, durante seu keynote na SXSW 2023. Granholm delineou as metas de energia limpa de longo prazo estabelecidas pelo governo Biden, que serão financiadas pela Lei de Redução da Inflação e Lei de Infraestrutura Bipartidária.
Falar sobre energia no Texas é delicado, porque o estado norte-americano sofre constantemente com o blecautes, intensificados pela mudança climática. No final de 2022, uma nevasca deixou milhares de pessoas sem energia elétrica em um frio terrível, que se estendeu em alguns lugares até o Natal. O Texas é governado por um Republicano, Greg Abbott, que resiste à ideia de energia limpa devido aos empregos gerados pelo gás e pelo petróleo. Granholm garante que a energia limpa trará oportunidades econômicas.
O plano do governo norte-americano prevê, entre outras coisas, o governo federal neutro em carbono até 2050, 100% de eletricidade limpa até 2035 e uma frota totalmente elétrica de carros e caminhões.
Granholm fez uma apresentação apaixonada, com conhecimento de causa impressionante sobre o tema, citando desde energias limpas conhecidas, como solar e eólica, até o uso de hidrogênio verde como fonte de energia negativa de carbono. “Nenhum país jamais transformou o vento em uma arma. Talvez mudar para um futuro de energia limpa seja o maior plano de paz que o mundo jamais conhecerá.”, disse ela.
A secretária até apelou aos trekkers da plateia, mostrando uma foto de uma parte do Lawrence Livermore National Laboratory, que mais parece as entranhas da nave Enterprise, de Star Treck. Lá, em dezembro do ano passado, os cientistas conseguiram produzir a primeira fusão nuclear, abrindo perspectiva para uma fonte praticamente inesgotável de energia limpa em um futuro que ainda demora algumas décadas.
“Quais são as maiores razões para chegar a um futuro limpo? Primeiro, a mudança climática, obviamente. No ano passado, gastamos US$ 165 bilhões como país nesses eventos climáticos extremos. Se você voltasse aos anos 80 e 90, teria sido cerca de US$ 8 bilhões”, disse Granholm.
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