John Maeda, vice-presidente de design e IA da Microsoft, propõe que olhemos para a Inteligência Artificial como a ferramenta que vai nos livrar do que não queremos fazer
O cientista da computação e especialista em CX e UX, o norte-americano
Este ano não foi diferente. Presença regular no palco da SXSW desde que lançou seu primeiro Design in Tech Report, em 2015, Maeda apresentou o relatório de 2023, chamando esse momento de excitação com o ChatGPT e as IAs generativas de “AI Ketchup Bottle Moment”.
Embora esteja presente nas conversas há mais de duas décadas, a IA se comportava até agora como o ketchup na garrafa de vidro — que só caía sobre o hambúrguer e a batata frita com uma pancada no fundo da garrafa. E sempre na quantidade maior que você queria.
Nesse momento de 2023, diz Maeda, a novidade é que o ketchup saiu da garrafa de vidro e agora vem em uma embalagem de plástico, que pode ser espremida para liberar facilmente a quantidade desejada do molho. Estamos diante de um aparente súbito influxo de ferramentas de IA generativa, e temos que aprender o que fazer com elas para não lambuzar o prato.
Para os designers e projetistas de sistemas, diz ele, os modelos de fundação (foundation models) de IA, pré-treinados, são novos materiais para projetar novas coisas muito diferentes das que conhecemos.
O desafio:para chegar a bons resultados, temos que nos aprofundar no aprendizado sobre contexto e cognição. “Os designers terão que aprender a falar linguagem de máquina para interagir com ferramentas de IA”. E entra nisso a habilidade de fazer um bom prompting – o conjunto de instruções e perguntas para o modelo resolver bem uma tarefa.
Maeda propõe que pensemos na IA como a ferramenta que vai nos livrar do que não queremos fazer, para termos tempo para fazer o que nos dá prazer. E aí é que entraram a roupa suja e os cookies, fazendo a plateia gargalhar.
O designer citou o “cookie and laundry principle“, que basicamente postula que se mostrarmos duas pilhas (uma grande e outra pequena) de roupa suja e de cookies para uma pessoa, ela vai escolher a pilha pequena de roupas para lavar e a pilha grande de cookies para comer, estabelecendo o contraponto entre o que nos dá prazer e o que é chato de fazer. “Podemos viver a vida com mais prazer e menos dor e a IA pode nos ajudar a fazer isso”.
A futurista Amy Webb faz apresentação das principais tendências de futuro e possíveis cenários de 2023. “É o fim da internet como a conhecemos”, declara, sinalizando que o caldo está engrossando muito.
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