A empresa chinesa DeepSeek deu um tremendo chacoalhão no cenário de Inteligência Artificial ao propor um modelo de IA mais leve, eficiente e aberto. As três características, aliás, também se aplicam a seu modelo de trabalho. Com uma cultura organizacional que valoriza muito a pesquisa, o conhecimento e a criatividade, a DeepSeek vai na contramão do modus operandi da maioria das empresas chinesas.
As empresas do setor de tecnologia da China operam em um regime conhecido como “996”, que se traduz por jornadas de trabalho das 9h às 21h, seis dias por semana. Como explica J.S. Tan, candidato ao PhD no programa de desenvolvimento internacional do MIT, neste artigo para o China Talk, essa cultura surgiu durante a ascensão da economia digital no país em meados de 2000 e ainda prevalece em muitas empresas. “Os funcionários são mantidos sob rédeas curtas, sujeitos a requisitos rigorosos de apresentação de relatórios (muitas vezes enviando relatórios semanais ou até mesmo diários)”, explica.
As empresas de tecnologia chinesas, por sua vez, estabelecem KPIs exigentes e praticam o “stack ranking”, um sistema de gestão de desempenho que coloca os colaboradores em eterna competição. Tamanha pressão ajudou a fomentar uma força de trabalho resiliente, porém muito menos inovadora. Na “força bruta”, é possível alcançar resultados, mas na maratona da tecnologia, sem inovação não há resultado que mantenha a liderança.
Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.
Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.
É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.
Estudo Work Trend Index 2025, da Microsoft, aponta que 82% dos líderes querem reestruturar suas estratégias com IA. Veja como inteligência sob demanda e agentes de IA vão redefinir empresas até 2030
Apenas 21% dos trabalhadores globais estão engajados em seu trabalho. A situação no Brasil é melhor, onde 54% dizem que estão progredindo
Pesquisa da Kellogg School revela que mudanças bem-sucedidas criam barreiras futuras à inovação e elevam os custos operacionais
De acordo com a KPMG, 37% das empresas aplicam metas ESG tanto em bônus de curto prazo quanto em incentivos de longo prazo, enquanto 40% utilizam apenas metas de curto prazo
Tatiana Pimenta, fundadora da Vittude, alerta: cenário tende a piorar antes de melhorar. E prevenção é o único caminho
Garantir que tecnologias de IA sejam acessíveis e justas para trabalhadores mais velhos não é apenas um imperativo ético — é uma vantagem competitiva em um mundo que envelhece rapidamente
Aproveite nossas promoções de renovação
Clique aquiPara continuar navegando como visitante, vá por aqui.
Cadastre-se grátis, leia até 5 conteúdos por mês,
e receba nossa newsletter diária.
Já recebe a newsletter? Ative seu acesso