A empresa chinesa DeepSeek deu um tremendo chacoalhão no cenário de Inteligência Artificial ao propor um modelo de IA mais leve, eficiente e aberto. As três características, aliás, também se aplicam a seu modelo de trabalho. Com uma cultura organizacional que valoriza muito a pesquisa, o conhecimento e a criatividade, a DeepSeek vai na contramão do modus operandi da maioria das empresas chinesas.
As empresas do setor de tecnologia da China operam em um regime conhecido como “996”, que se traduz por jornadas de trabalho das 9h às 21h, seis dias por semana. Como explica J.S. Tan, candidato ao PhD no programa de desenvolvimento internacional do MIT, neste artigo para o China Talk, essa cultura surgiu durante a ascensão da economia digital no país em meados de 2000 e ainda prevalece em muitas empresas. “Os funcionários são mantidos sob rédeas curtas, sujeitos a requisitos rigorosos de apresentação de relatórios (muitas vezes enviando relatórios semanais ou até mesmo diários)”, explica.
As empresas de tecnologia chinesas, por sua vez, estabelecem KPIs exigentes e praticam o “stack ranking”, um sistema de gestão de desempenho que coloca os colaboradores em eterna competição. Tamanha pressão ajudou a fomentar uma força de trabalho resiliente, porém muito menos inovadora. Na “força bruta”, é possível alcançar resultados, mas na maratona da tecnologia, sem inovação não há resultado que mantenha a liderança.
Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.
Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.
É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.
A liderança que quer prosperar precisa menos de carisma e mais de cadência. Porque o verdadeiro poder não está em inspirar o salto, mas em manter o chão firme enquanto todos aprendem a caminhar.
Estudo mostra que a inovação deixou de ser privilégio de quem tem grana para se tornar disciplina de quem tem clareza. Experimentar custa menos. Escalar custa mais.
Ela seria mais justa? Ou entregaria inflação algorítmica e desigualdade automatizada, reproduzindo distorções herdadas do mercado?
Empresas ampliam investimentos em SaaS, GenAI e cloud para crescer rápido e competir melhor. Mas a Capgemini expõe o paradoxo: gastos descontrolados ameaçam margens e desempenho.
Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.
Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído
Aproveite nossas promoções de renovação
Clique aquiPara continuar navegando como visitante, vá por aqui.
Cadastre-se grátis, leia até 5 conteúdos por mês,
e receba nossa newsletter diária.
Já recebe a newsletter? Ative seu acesso