A possibilidade de que o trabalho remoto se torne um modelo, muito mais do que uma solução emergencial para a pandemia do Covid-19, é uma ideia amarga para o mercado imobiliário
O aviso partiu da OMS: o coronavírus pode permanecer entre nós para sempre. Precisaremos aprender a conviver com ele. O que inclui manter distância física de aproximadamente 2 metros para qualquer outra pessoa em áreas de convívio social, como os ambientes de trabalho. Quem pode – como Facebook, Google, e aqui a XP Investimentos e a Zee Dog – decidiu estender o home office até o fim do ano. Ou para sempre, como anunciou o Twitter. Prematuro? Talvez. Certo mesmo é que no novo normal a presença nos escritórios será a exceção, determinada pela função ou pela ocasião (até o excesso de reuniões estará em xeque).
É o fim dos escritórios, como já chegaram a afirmar? Definitivamente, não. Mas, seguramente, o fim dos espaços exíguos entre mesas e cadeiras. O formato de escritório em plano aberto tornou-se subitamente mais arriscado do que revolucionário. Teremos, talvez, a volta das baias e das salas individuais. E das amplas salas de reunião. O que pode levar a aumento de área física, em vez de redução. Ou a um melhor aproveitamento de áreas existentes e cancelamento dos planos de expansão. Cenários que têm embalado a reestruturação do mercado imobiliário corporativo, inclusive aqui no Brasil.
Uma pesquisa realizada pela PwC apontou que um quarto dos CFOs das empresas já estava pensando em cortar boa parte de seus contratos de escritórios. O Selectors Guild, cujos membros ajudam as companhias a alugar espaços em novos edifícios, informou que metade das buscas por escritórios nos Estados unidos havia sido congelada, desde a chegada da pandemia.
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