s
Crédito: Shutterstock
GESTÃO

Um exame diferente para diversidade e inclusão

O Teste de Bechdel-Wallace extrapolou as fronteiras da cultura pop e acabou por se tornar uma métrica de aferição da diversidade de gênero aplicável em qualquer instituição

Por Silvia Bassi 31/10/2022

Se quer resolver um problema, faça as perguntas certas. Uma boa lista de critérios pode ajudar a criar uma métrica que funcione para avaliar o grau de diversidade da corporação que você lidera. O Teste de Bechdel-Wallace, inventado pela cartunista norte-americana Alison Bechdel em 1985 para avaliar o grau de representatividade feminina nos filmes da Hollywood, pode ser um jeito diferente de chegar a boas respostas.

Entre 1983 e 2008, Bechdel publicou a série em quadrinhos Dykes to Watch Out For (DTWOF), considerada uma das primeiras representações lésbicas na cultura popular americana. Uma das tirinhas, chamada “A regra”, mostrava duas mulheres discutindo que filme assistir, em função do seu grau de representatividade feminina. Eram só três perguntas: (1) O filme possui duas ou mais personagens femininas que possuam nomes? (2) Essas personagens conversam entre si? (3) Sobre algo que não sejam homens?

A funcionalidade foi gradativamente ampliada, um site foi criado para abrigar a lista de filmes e suas avaliações (tem hoje mais de 9,6 mil títulos), o termo entrou para o dicionário Merrian-Webster e variações do teste ganharam tração nos anos 2000, tornando-se uma métrica de aferição de diversidade não só de gênero, aplicável a qualquer atividade ou empresa. O site FiveThirtyEight, do estatístico norte-americano Nate Silver, incorporou mais critérios em 2017.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Entrevista

"As mulheres não são convidadas para fazer parte da panelinha dos bo...

Cynthia Hobbs, CFO do GetNinjas, faz parte de um grupo reduzido de mulheres que procuram ampliar a presença feminina no alto escalão das companhias e nos conselhos das empresas

Diversidade

"Falta metade": o topo pouco diverso das corporações

As estatísticas continuam apontando baixa presença de mulheres nos conselhos administrativos. Mas ciência, e resultados de desempenho corporativo, comprovam que a diversidade importa, e é urgente

Entrevista

"Quando as coisas funcionam, tudo é melhor e mais fácil. Governança...

Com um software que torna decisões e processos mais ágeis e simples, a Atlas Governance quer ampliar sua presença na América Latina, como conta o CEO Eduardo Carone