Um capacete, uma touca, biomarcadores, sensores de captura de movimento, rastreamento ocular e equipamento AR/VR. Esquecemos algo? Uma mochila para guardar a maior parte da parafernália. Batizado de Mo-DBRS, o projeto da Universidade da Califórnia (UCLA) está avançando na decodificação do cérebro humano. Ao acompanhar a movimentação de voluntários com implantes neurais, essa configuração permite aos pesquisadores explorar as reações humanas no mundo real. O voluntário só precisa ignorar os olhares de estranheza para seu capacete, claro.
"Apesar de sua aparência não convencional, o Mo-DBRS abre portas para a análise de sinais cerebrais em seres humanos em ambientes próximos ao mundo real, enquanto também tem a capacidade de alterar esses sinais cerebrais de maneira wireless com alguns toques em um tablet", escreve Shelly Xuelai Fan, em artigo no Singularity Hub. E por que a necessidade de movimento? "O movimento pode parecer uma adição trivial à varredura do cérebro, mas é uma virada de jogo. Muitas de nossas valiosas capacidades neurais – memória, tomada de decisões – são aprimoradas conforme exploramos o mundo ao nosso redor".
O Mo-DBRS é um sistema pensado para decodificar o funcionamento do cérebro humano e se tornar um passo para o que até agora é material de ficção científica: restaurar a memória, reverter a paralisia, apagar o medo ou eliminar a depressão. Longe da elegância do implante cerebral da Neuralink, esse sistema tem por objetivo a compreensão do código neural no cérebro humano, ou seja, como disparos elétricos se transformam em memórias, emoções e comportamentos. Neste primeiro momento, ele está sendo testado em voluntários que já possuem eletrodos implantados no cérebro para o tratamento de epilepsia. Com a ajuda do sistema, os pesquisadores esperam diagnosticar e prevenir suas convulsões.
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