s
Tratar o feedback como uma conversa de via dupla permite construir soluções em colaboração Crédito: Ekaterina Bolovtsova/Pexels
GESTÃO

Precisamos falar sobre feedback

O feedback vai muito além do processo organizacional e pode ser uma ferramenta poderosa para construir relações de confiança

Por Soraia Yoshida 28/03/2022

Em sua palestra “Thanks for the Feedback: The Science and Art of Receiving Feedback Well”, a professora da Harvard Law School Sheila Heen explica que em uma sessão de feedback estruturado, quem está “no comando” é quem recebe o feedback – e não quem está dando o feedback, o que contraria normalmente a visão que temos. “É o receptor que decide o que vai receber, que sentido vai fazer disso e se ou como escolhe mudar”, disse ela à plateia do Nordic Business Forum. E, nesse sentido, como uma série de outras coisas que estamos construindo no mundo do novo trabalho, pode ser uma cocriação para que aquilo que fazemos e que os outros com quem trabalhamos fazem torne o resultado melhor.

Feedback, para a autora de “Difficult Conversations” e especialista em lidar com conflitos, vai além da avaliação formal de desempenho aplicada pelas empresas. Inclui todos os feedbacks informais – falados e não falados, diretos e indiretos. Para Sheila Heen, feedback compreende todos os sinais que recebemos das pessoas ao nosso redor. “É o seu relacionamento com o mundo e o relacionamento do mundo com você”, disse.

“O feedback é um processo que não é simples. E não estou falando isso nem em função do modelo de trabalho ou da realidade que a gente vive hoje desse cenário híbrido ou remoto. Você conseguir estruturar bem um feedback talvez seja um dos grandes desafios das lideranças”, afirma Caroline Cadorin, Diretora de Recrutamento da Land, empresa do Grupo Talenses. Segundo ela, a questão não é como usá-la para fazer uma gestão de excelência. “Para você trabalhar bem com feedback, é preciso planejar, construir o cenário”.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

AI e o reflorestamento de empregos

Inteligência Artificial

AI e o reflorestamento de empregos

Se uma empresa que desmata ou polui é cobrada por reflorestar determinada área, uma empresa que troque empregos pela adoção de IA deveria também ser cobrada por investir em educação e upskilling da IA?

Por Por Rodrigo Helcer, Marília Tosetto, Álvaro Schocair e Joseph Teperman *
Inclusão pode ser a resposta para a crise do burnout

Liderança

Inclusão pode ser a resposta para a crise do burnout

As empresas precisam trabalhar a inclusão muito além do onboarding, criando um espaço em que as pessoas se sentem seguras para se expressar

Por que é tão difícil abraçar mudanças audaciosas?

Gestão

Por que é tão difícil abraçar mudanças audaciosas?

Porque talvez estejamos deixando de fazer as pergunta mais difíceis, diz designer, curador e empresário Seth Goldenberg.

Gestão de mudanças também é cultura e estratégia

Gestão

Gestão de mudanças também é cultura e estratégia

Nunca foi tão necessário repensar toda a abordagem da empresa à mudança. Entraremos em uma época na qual a capacidade de mudar se tornará central para a estratégia corporativa.

É hora de ouvir mais e agir rápido para não perder pessoas-chave

Gestão

É hora de ouvir mais e agir rápido para não perder pessoas-chave

Chegou a época do ano de fazer balanço e, de segurar aquelas pessoas que fazem a diferença na empresa. Já ouviu falar de "stay interviews"?

O que torna o feedback tão difícil?

Liderança

O que torna o feedback tão difícil?

A dor de descobrir lacunas profundas provoca fortes emoções e aciona gatilhos indesejados. Às vezes, a hesitação em aceitar essas lacunas vem das reservas que temos com a pessoa que as apontou