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Algumas indústrias e setores vão acomodar melhor o horário flexível, também conhecido como trabalho assíncrono, em que os colaboradores trabalham em horários diversos Crédito: Mart Production/Pexels
GESTÃO

O futuro do trabalho pode ser assíncrono

Dar aos colaboradores a flexibilidade de trabalhar nos momentos em que se sentem mais focados e produtivos pode representar um enorme ganho para as organizações. Mas há desafios

Por Soraia Yoshida 25/07/2022

No nosso mundo das mensagens instantâneas, do sempre conectado e dos “pings” no meio da madrugada (“Desculpe o horário, mas não queria esquecer essa ideia…” ou times que operam em outro fuso), a sensação de constante pressa e pressão está gerando níveis cada vez mais altos de estresse que terminam por afetar a produtividade e o bem-estar. Ao pensar em modelos e maneiras diferentes de realizar o trabalho, é bom incluir também o modelo assíncrono de trabalho. Ele pode complementar a flexibilidade oferecida pelo trabalho híbrido e ainda oferecer aos colaboradores a oportunidade de trabalhar quando se sentem mais produtivos ou mais focados.

O modelo assíncrono – chamado por alguns de flextime ou “horário flexível” – é visto como uma alternativa interessante para equipes que trabalham de forma remota ou projetos que envolvem talentos internos e externos. Nesse arranjo, as pessoas de um time, departamento ou da empresa inteira – depende de como for a combinação – escolhem o horário de início e término de seu trabalho, não se prendendo a um horário fixo. Para trabalhadores que buscam equilíbrio entre vida profissional e pessoal ou precisam ter um cronograma diferente para atender demandas da família, por exemplo, o horário flexível é uma maneira de gerenciar melhor seu tempo. Isso não significa, entretanto, que dentro dos combinados da equipe não haja reuniões ou dias em que essas pessoas precisem estar online simultaneamente ou mesmo presencialmente para discutir o andamento do projeto, fazer ideação ou atender clientes.

“O trabalho assíncrono veio para ficar, resolvendo um problema que envolve respeitar o relógio biológico de cada pessoa e também permitir que as pessoas tenham maior flexibilidade para montar suas agendas de forma que fiquem mais produtivas e motivadas”, afirma Isis Borge, Diretora da Talenses, empresa de recrutamento. Segundo ela, o trabalho assíncrono ou de horário flexível permite também que as pessoas possam “focar no autodesenvolvimento, incluindo cursos e também atividades voltadas ao bem-estar”.

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