s
Liderar mudanças em tempos de incerteza é oportunidade, não risco (Crédito: Freepik)
CARREIRA

Por que líderes devem aproveitar a disrupção para acelerar mudanças estratégicas

Crises abrem janelas únicas para mudanças estruturais. Estudos de Harvard, Yale e Berkeley mostram como líderes podem agir rápido, engajar equipes e transformar incerteza em vantagem competitiva

Por Soraia Yoshida 21/08/2025

Se líderes tiverem que esperar pelo “momento ideal” – cenário estável, sem pressão, sem crises geopolíticas ou transformações ambientais – para agir, a empresa não vai sobreviver. Quando a disrupção acontece, ela provoca intrinsecamente uma onda de mudanças e aproveitar essa oportunidade para seguir uma estratégia diferente pode ser um risco que vale a pena correr, de acordo com este estudo.

Michaela J. Kerrissey, da Universidade de Harvard, e Julia DiBenigno, da Yale, destacam que momentos de turbulência podem ser a melhor oportunidade para implementar mudanças profundas. Isso porque, quando o contexto já está em movimento, as resistências internas se enfraquecem, abrindo uma janela de oportunidade para a inovação e para repensar modelos organizacionais.

A lógica da receptividade à mudança

Estudos em Psicologia Organizacional mostram que grandes rupturas facilitam a adoção de novos hábitos. Wendy Wood, da USC, aponta que períodos de transição, como mudar de cidade ou enfrentar uma crise, são os momentos mais eficazes para abandonar velhos padrões e adotar novos. O mesmo raciocínio se aplica às organizações: crises quebram a inércia corporativa, enfraquecendo resistências e abrindo espaço para transformações. O adágio “nunca desperdice uma boa crise” ganha aqui relevância prática.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Tecnologia sob demanda pesa no caixa

Gestão

Tecnologia sob demanda pesa no caixa

Empresas ampliam investimentos em SaaS, GenAI e cloud para crescer rápido e competir melhor. Mas a Capgemini expõe o paradoxo: gastos descontrolados ameaçam margens e desempenho.

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Tendências

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Inteligência Artificial

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Tendências

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Apesar da percepção de recuo, o ESG está se transformando. Dados mostram que líderes priorizam o tema e empresas capturam valor com IA, KPIs estratégicos e parcerias de longo prazo

Falta de progresso trava Geração Z e desafia empresas

Carreira

Falta de progresso trava Geração Z e desafia empresas

Jovens da Geração Z estão prontos para mudar de emprego por falta de progresso. Alta ambição, uso intenso de IA e insegurança moldam sua relação com o trabalho

IA precisa de talento para entregar valor: o tripé das novas competências

Liderança

IA precisa de talento para entregar valor: o tripé das novas competê...

Para Thomaz Cortes, da McKinsey, IA só gera valor quando empresas investem em talentos com fundamentos em tecnologia, negócio e conhecimento do setor.