s
O interesse dos trabalhadores pela Inteligência Artificial está diminuindo: incerteza ou falta de conhecimento? (Crédito: freepik)
TENDÊNCIAS

Interesse em IA no trabalho diminui: o que está por trás dessa tendência?

Pesquisa revela queda na empolgação dos trabalhadores com Inteligência Artificial, enquanto lacuna de habilidades cresce

Por Soraia Yoshida 18/11/2024

Até 2026, 40% de todos os funcionários precisarão aprender novas habilidades devido aos avanços em Inteligência Artificial e automação. Mas o interesse em aprender e aplicar habilidades ligadas à IA parece estar diminuindo. Ou pelo menos atingiu um ponto de inflexão. Uma pesquisa recente do Slack  revelou que a empolgação com a IA caiu de 47% para 41%. Nos Estados Unidos, a queda foi ainda mais acentuada: de 45% para 36%, uma redução de 9 pontos percentuais nos últimos três meses.

O levantamento “The Fall 2024 Workforce Index”, do Slack, mostra que enquanto 99% dos executivos vão investir em IA neste ano (97% com “urgência”), apenas 33% dos colaboradores usaram IA no trabalho – um ponto acima da última medição. A pesquisa, que ouviu 17 mil pessoas em 15 países, traz alguns insights interessantes:

  • Três em cada quatro trabalhadores consideram os recursos de IA de uma empresa como um fator em sua busca de emprego. Uma tendência mais acentuada entre os recém-chegados ao mercado, com quase duas vezes mais probabilidade de priorizar a capacitação em IA em suas decisões de carreira.
  • Pelo menos 76% dos funcionários sentem urgência em se tornar especialistas em IA, mas a realidade e os principais motivos são as tendências do setor e as metas pessoais.
  • Apesar disso, 61% passaram menos de cinco horas aprendendo a usar ferramentas baseadas em IA.
  • Entre os trabalhadores que receberam orientação ou algum tipo de treinamento sobre IA, o aumento na adoção foi de 13%, em comparação com apenas 2% dos que não receberam qualquer tipo de instrução.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Inteligência Artificial

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Pesquisas recentes mostram que chatbots e copilots podem capturar atenção como redes sociais e máquinas caça-níqueis. E já há um preço alto sendo pago nas empresas.

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Tendências

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.

Como aumentar a segurança da GenAI?

Inteligência Artificial

Como aumentar a segurança da GenAI?

Tratando segurança como arquitetura e não como filtro no fim do funil. Aplicações que nascem com detecção, supervisão e resposta em camadas independentes escalam com menos sustos.

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Inteligência Artificial

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Tendências

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Apesar da percepção de recuo, o ESG está se transformando. Dados mostram que líderes priorizam o tema e empresas capturam valor com IA, KPIs estratégicos e parcerias de longo prazo

A corrida quântica será vencida com talentos, não apenas com qubits

Tendências

A corrida quântica será vencida com talentos, não apenas com qubits

Há risco da falta de uma força de trabalho diversa e preparada ampliar desigualdades globais, reforçando a concentração de poder em poucos países e em uma elite científica restrita.