Competitive Intelligence, o “Waze” da gestão

O conceito de inteligência competitiva não é novidade para muitos profissionais. Significa essencialmente entender e aprender o que está acontecendo no mundo fora do seu negócio para poder ser o mais competitivo possível. Semana passada, ao participar do VII Simpósio de Gestão do Conhecimento e Inteligência Competitiva realizado na USP, Luis Madureira, fundador da Überbrands​ e membro do Council of Competitive Intelligence Fellows, deu a melhor das definições: o Waze da gestão.

No fundo, o objetivo é geração de insights acionáveis que ajudem a melhorar a tomada de decisão e o desempenho das empresas. E para isso, hoje, é preciso ampliar o escopo da coleta e análise preditiva para além dos dados sobre os concorrentes e o mercado onde se atua. Portanto, mudar um pouco a forma como prticamos inteligência competitiva. Afinal, as questões estratégicas requerem o acompanhamento de todo o ambiente externo, considerando sobretudo forças de mercados atuantes em outros segmentos. "Para ter sucesso precisamos ser persistentes na antecipação de tendências econômicas e tecnológicas. Entender como a tecnologia está modificando comportamentos e a sociedade", explica Madureira.

O custo do não saber é alto. Segundo um estudo recente da Deloitte, o deficit de conhecimento sobre tecnologia nos boards, por exemplo, afeta a capacidade estratégica de 44% das empresas em 55 países. Infelizmente, o "Intelligence Gap" (distância entre os insights que os membros da C-Suite precisavam para tomar boas decisões e o que ele realmente recebiam), identificado pela PwC em um estudo de 2019, segue atual, diz Madureira. Como resolver?