Acordos de M&A bilionários, para reverter as perdas de receita com o “precipício de patentes” que se aproxima novamente da indústria farmacêutica, marcaram a semana mais agitada do ano para o setor de saúde e biotechs – a realização da 43ª edição da J.P. Morgan Healthcare Conference (JPM25), que termina hoje, em San Francisco.
O termo “patent cliff” (penhasco das patentes, ou abismo)refere-se ao risco de queda acentuada na receita da indústria farmacêutica que vem com a expiração da patente de um ou mais medicamentos líderes do seu portfólio, permitindo que eles possam ser fabricados por concorrentes, e também vendidos como genéricos. Patentes de medicamentos e outras descobertas normalmente duram 20 anos desde a aprovação da patente até a expiração.
Para atravessar o abismo, as empresas do setor entram em um frenesi de compras de outros players, detentores de novas patentes, que podem cobrir o buraco da receita ou ampliar sua posição de mercado. Em 2011, a indústria farmacêutica enfrentou um “penhasco de US$ 250 bilhões”. Mas o penhasco que começou a crescer em 2024 e vai chegar ao clímax em 2030, é estimado em mais de US$ 350 bilhões de perdas de receita, segundo o relatório “Biopharma Trends 2025”, lançado pelo Boston Consulting Group esta semana. A consultoria estima que as 20 maiores empresas farmacêuticas vão concentrar 80% dessa perda de receita.
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