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Os desafios para a adoção do 5G na indústria da China

Alto custo de manutenção, cobertura insuficiente e falta de aplicações práticas desaceleram o crescimento do setor

Quando se fala em 5G, a China é a principal potência global liderando as inovações no setor. O país tem mais de 110 milhões de clientes de planos com a rede de última geração e conta com 700 mil bases distribuição em seu território. Além disso, 800 empresas criaram redes privadas de 5G na China. A nação oriental também é a principal fornecedora de infraestrutura para o 5G internacionalmente. 

Segundo estudo da Deloitte, até 2035 serão investidos US$ 3,5 trilhões em aplicações de 5G, dos quais 30% virão da China. Este valor deve gerar um retorno de US$ 13 trilhões para o mercado, com maior relevância ao setor industrial. 

No entanto, o cenário atual não é tão animador quanto as previsões dos analistas. O ecossistema industrial de aplicações com uso do 5G continua imaturo cerca de 15 meses depois do início do projeto nacional de implementação da rede. Lou Jiwei, ex-ministro das finanças da China, disse que “a tecnologia 5G ainda é imatura, apresenta altos custos de manutenção e falta de aplicações práticas, tornando difícil justificar os bilhões de yuans gastos”. Também se fala em “cobertura insuficiente” da rede. 

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Para alguns empreendedores, diversas soluções que estão sendo desenvolvidas para o 5G já funcionavam de forma satisfatória no 4G. Neste sentido, fica difícil defender os custos de mudar para a nova tecnologia. 

Em outras aplicações, como direção autônoma ou cirurgias remotas, a baixa latência inerente à rede de nova geração é essencial para a segurança dos serviços. No entanto, a infraestrutura de 5G da China, hoje, ainda não entrega a baixa latência que prometeu. 

Não significa que o potencial esperado para a rede 5G não será alcançado, mas que o caminho até este momento será mais longo que o previsto. É uma questão que vai além de investimento, visto que a China coloca mais dinheiro neste setor do que qualquer outro país do mundo. O ecossistema como um todo – academia, desenvolvedores, startups, empresas incumbentes, o usuário final e o poder público – precisa amadurecer para usufruir do potencial completo de uma tecnologia tão recente quanto inovadora.

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