Todo mundo faz parte da conversa. To-do mun-do. O consumidor, o colaborador, o parceiro, o fornecedor e o fornecedor do fornecedor. Sim, estamos falando de toda a cadeia de suprimento. “As organizações são responsáveis sim pelos seus fornecedores e pelos seus distribuidores. Pela cadeia como um todo”, afirma o professor Marcus Nakagawa, coordenador do Centro de Desenvolvimento Socioambiental da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).
Em entrevista à The Shift, ele afirmou que “a empresa não é uma ilha isolada que fica somente produzindo e vendendo para bater a meta prometida aos acionistas” e todos os movimentos da empresa vão impactar, positiva ou negativamente, no entorno e nas pessoas com quem a empresa tem contato. Isso envolve desde riscos de acidente de trabalho, poluição no ar ou na água, até práticas de fornecedores. Se um fornecedor usa mão-de-obra análoga à escravidão, a empresa também é responsável. “Todo mundo é responsável”, reforça o professor.
Essa preocupação com o impacto se dá de maneiras diferentes. No setor imobiliário, por exemplo, a preocupação abrange a gestão e o desenvolvimento de ativos. Consultar a comunidade pode contribuir para o valor social e influenciar a gestão dos ativos: um imóvel comercial desocupado pode ser usado temporariamente como centro de vacinação. Do ponto de vista ambiental, a meta é que a operação completa atinja o nível carbono neutro, ou seja, zero emissão de gases de efeito estufa. Do ponto de vista social, que os ativos entreguem valor para a comunidade em que estão localizados – além de gerar empregos. Por isso a busca pela construção de edifícios sustentáveis.
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