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A convivência entre humanos e IAs exige um redesenho profundo da arquitetura organizacional e dos papéis no ambiente de trabalho (Crédito: Freepik)
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

IA no organograma: os novos cidadãos corporativos das empresas

Agentes de IA já dividem tarefas com humanos e exigem novas estruturas de trabalho, gestão e confiança nas organizações

Por Soraia Yoshida 07/06/2025

Amanda Conceição, Ricardo Lopes, Agente 03B. Não vai demorar para que o organograma de colaboradores da organização comece a listar agentes de IA. Como outros funcionários, esses colaboradores executam tarefas, aprendem, coordenam, analisam contextos, interagem com humanos e outras IAs. Segundo um artigo publicado recentemente pela McKinsey, essa nova lógica de empresa faz surgir os “cidadãos corporativos” – com responsabilidades, custos, regras e metas –, exigindo que as organizações abandonem modelos de gestão industrial e adotem uma mentalidade verdadeiramente digital.

Os sistemas agênticos “pensam” e atuam em diferentes áreas, diferentes tarefas. “Eles raciocinam em horizontes temporais, aprendem com os resultados e colaboram com outros agentes de IA em áreas como detecção de fraudes, conformidade e alocação de capital para otimizar continuamente o desempenho”, citam os autores da análise. “Nas operações, os agentes reequilibram dinamicamente as cargas de trabalho entre os call centers, resolvem as dúvidas dos clientes com respostas contextuais e emocionalmente inteligentes e escalam apenas quando o julgamento humano é necessário. O resultado: melhores decisões, ciclos mais rápidos e custos unitários drasticamente menores.”

Os agentes de IA são capazes de perceber padrões bem antes dos humanos. Em um cenário financeiro de desempenho de empréstimos, por exemplo, divergências inesperadas em uma localidade são identificadas, analisadas e transformadas em insights, antes mesmo que a liderança da área esteja ciente do problema. “Outros agentes podem lidar com relatórios regulatórios ou testes de estresse de forma autônoma, liberando talentos humanos para inovação estratégica”, cita o estudo.

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