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A cidade de Seul, na Coreia do Sul, está criando o “Metaverse Seoul” — que combina gêmeos digitais, realidade virtual (VR) e colaboração — para melhorar o planejamento e a administração da cidade, além de oferecer suporte ao turismo. FOTO: Banco do Imagem
CRIPTOECONOMIA

Governos se movem para o metaverso

O metaverso possibilitará que os eleitores participem ativamente da formulação de políticas públicas junto com os governantes eleitos. Utopia? A Coreia do Sul já está neste caminho. Mas há obstáculos a serem enfrentados até a próxima geração de governos virtuais habilitados para IA.

O escopo do metaverso é tão amplo que os governos simplesmente não podem se dar ao luxo de ignorá-lo. Cada vez mais, as autoridades olham para o universo virtual como ponte para a prestação de serviços públicos e geração de valor para as comunidades. Podemos estar caminhando para um “futuro em que todos poderemos nos envolver com governos no metaverso, diretamente ou por meio de nossos avatares, para participar de uma formulação de políticas e obter informações e serviços de governos virtuais habilitados para IA.

A cidade de Seul, na Coreia do Sul, está criando o “Metaverse Seoul” — que combina gêmeos digitais, realidade virtual (VR) e colaboração — para melhorar o planejamento da cidade, a administração da cidade e o suporte para turismo. A cidade de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, montou uma nova agência governamental para regular ativos digitais que terá sede no The Sandbox , um dos maiores mundos virtuais da atualidade.

No próximo World Government Summit, em Dubai, a partir de 13 fevereiro, o tema governança do metaverso permeará os debates que costumam definir a agenda para a próxima geração de governos, com foco em como eles podem aproveitar a inovação e a tecnologia para resolver seus desafios. Para esquentar os debates, os organizadores solicitaram à Albert Meige a elaboração de um relatório sobre algumas das principais questões com as quais os governos deverão se preocupar. São elas:

  • Interoperabilidade — Aqui, estão em jogo desde a consistência completa de padrões em todo o sistema em todas as camadas, até a interoperabilidade direcionada apenas para determinados domínios, como conectividade. Lidar com essas questões exigirá coordenação e colaboração entre as partes interessadas. Uma intervenção intergovernamental pode ser necessária, se o mercado não conseguir fornecer os resultados necessários. Mas sempre procurando evitar uma governança de cima para baixo;
  • Segurança e proteção — Determinar o que constituirá um ambiente 'seguro' no metaverso é hoje o maior desafio. Governos devem trabalhar com a indústria e a sociedade para garantir que os controles corretos sejam implementados, evitando barreiras à liberdade pessoal, ao comércio, à inovação e à liberdade de expressão;
  • Privacidade — A privacidade e a proteção de dados pessoais já são grandes problemas para a governança da Internet hoje. E os regulamentos existentes são amplamente transferíveis para o domínio de realidade estendida do metaverso;
  • Regulação — A necessidade de uma estrutura legal que abranja o metaverso é premente, diz o relatório. Principalmente para adequar a legislação existente aos novos desafios da descentralização;
  • Incentivos, inovação e concorrência — É possível, do ponto de vista legal e econômico, defender medidas de incentivo que impulsionem a adoção mais rápida do metaverso e aproximar-se da parte íngreme da curva de crescimento?

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