Se quer resolver um problema, faça as perguntas certas. Uma boa lista de critérios pode ajudar a criar uma métrica que funcione para avaliar o grau de diversidade da corporação que você lidera. O Teste de Bechdel-Wallace, inventado pela cartunista norte-americana Alison Bechdel em 1985 para avaliar o grau de representatividade feminina nos filmes da Hollywood, pode ser um jeito diferente de chegar a boas respostas.
Entre 1983 e 2008, Bechdel publicou a série em quadrinhos Dykes to Watch Out For (DTWOF), considerada uma das primeiras representações lésbicas na cultura popular americana. Uma das tirinhas, chamada “A regra”, mostrava duas mulheres discutindo que filme assistir, em função do seu grau de representatividade feminina. Eram só três perguntas: (1) O filme possui duas ou mais personagens femininas que possuam nomes? (2) Essas personagens conversam entre si? (3) Sobre algo que não sejam homens?
A funcionalidade foi gradativamente ampliada, um site foi criado para abrigar a lista de filmes e suas avaliações (tem hoje mais de 9,6 mil títulos), o termo entrou para o dicionário Merrian-Webster e variações do teste ganharam tração nos anos 2000, tornando-se uma métrica de aferição de diversidade não só de gênero, aplicável a qualquer atividade ou empresa. O site FiveThirtyEight, do estatístico norte-americano Nate Silver, incorporou mais critérios em 2017.
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