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Crédito: Aobe
Por Victor Santos 24/11/2020

“Como é a cidade do futuro? E como a cidade do futuro vai continuar crescendo?”. Esses são questionamentos que surgem na discussão sobre mobilidade com Clarisse Cunha Linke, diretora executiva do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP, da sigla em inglês para Institute for Transportation and Development Policy), entidade sem fins lucrativos que atua na promoção de um transporte equitativo e sustentável em todo o planeta. “É importante que a gente entenda os grandes desafios aos quais a mobilidade urbana se conecta”, diz a especialista.

E que desafios são esses? “Temos o desafio da emergência climática, porque o sistema de transportes é uma das fontes de emissão de gases de efeito estufa; temos desafios relacionados à poluição local, já que o sistema de transportes e os veículos terrestres são grandes emissores de material particulado e poluentes; temos os congestionamentos nas cidades; e ainda, o desafio da desigualdade social, ao qual o sistema de mobilidade urbana também colabora – seja ajudando a mitigar, ou enfatizando a desigualdade”, lista Clarisse.

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O estudo Mobility 2030: Transforming the Mobility Landscape, da KPMG, aponta que a transformação da mobilidade está sendo impulsionada por três tendências tecnológicas disruptivas: a eletrificação dos veículos (VEs), veículos conectados e autônomos (VAs) e mobilidade como serviço (MaaS, da sigla em inglês). Cada tendência já seria suficiente para causar uma ruptura significativa no ecossistema. Combinadas, elas trarão uma mudança sem precedentes.

Neste momento, estamos à beira dessa mudança de um sistema centrado no carro (vehicle-centric) para um sistema mais integrado, mais eficiente e baseado em dados. Os usuários contarão com informação sobre sua viagem em tempo real. E à medida que esse ecossistema evoluir, o seu valor global vai atingir mais de US$ 1 trilhão até 2030.

Mas isso é daqui a pouco. Agora, o importante é entender os desafios para melhorar a mobilidade urbana.