O mito da multitarefa sobrevive. Até quando?

No mundo acelerado, onde a multitarefa é frequentemente glorificada, dividir nossa atenção por diferentes atividades durante todo o dia parece ser um aspecto inevitável da vida profissional e pessoal. Muitas vezes, as empresas até estabelecem um requisito para a capacidade de realizar multitarefas em seus anúncios de emprego. Nada poderia ser mais improdutivo — e caro!

Não é de hoje que se sabe que os bloqueios mentais criados pela alternância entre tarefas (mesmo breves) podem custar até 40% em produtividade. Algumas estatísticas, de pesquisas feitas pela Asana e a Reclaim.ai, são demolidoras:

• Podemos levar impressionantes 9,5 minutos para recuperar o ritmo de trabalho. Outros estudos chegam a 23 minutos. Imagine o efeito cumulativo de múltiplas mudanças no dia.
• 97,5% das pessoas não conseguem ser eficazes em multitarefas.
• Somos interrompidos 31,6 vezes por dia, em média
• A perda de capacidade cognitiva com mudança de contexto pode ser, em média, mais de 20%. Em uma semana de trabalho, é um dia perdido.
• Pelo menos 45% das pessoas se consideram menos produtivas durante a mudança de contexto.

A mudança de contexto mata a produtividade. Para evitá-la, precisamos fugir das interrupções:

• de tópico: saltar para um item do problema completamente diferente;
• de profundidade: continuar no mesmo problema, mas mudar para um nível diferente;
• externas: alguém nos interrompe ativamente;
• internas: mudar por decisão própria, voluntária.