O desafio laboral da realidade virtual

As inúmeras aplicações da Realidade Virtual e suas possibilidades de extensão do universo físico estão atraindo investimentos milionários. Porém, estas apostas só serão confirmadas se a tecnologia passar pelo teste da usabilidade. Afinal, a imersão necessária na virtualidade depende de devices externos que interferem nos sentidos humanos - cujas reações ainda não tinham sido medidas no longo prazo. Para finalmente descobrir se é possível obter produtividade em um ambiente virtual, 13 cientistas das Universidades de Cambridge (UK), Coburg (Alemanha), Primorska (Eslovênia), Tsinghua (China) e da Microsoft Research se uniram na pesquisa “Quantifying the Effects of Working in VR for One Week” para avaliar as condições de trabalho em VR atuais e as conclusões não foram animadoras: elas causam frustração, fadiga visual, enxaqueca, enjoo e ansiedade.

Verena Biener , Snehanjali Kalamkar , Negar Nouri ,  , John J. Dudley , Jinghui Hu , Per Ola Kristensson , Maheshya Weerasinghe , Klen Čopič Pucihar , Matjaž Kljun , Stephan Streuber , Jens Grubert, Eyal Ofek , Michel Pahud desenharam um experimento comparativo no qual 18 participantes voluntários trabalhariam em um ambiente de realidade virtual  por cinco dias, oito horas por dia, com 45 minutos de pausa para o almoço. E o mesmo ocorreria durante cinco dias em um ambiente de desktop físico. O objetivo seria quantificar os efeitos da troca do ambiente de trabalho baseado em desktop por um ambiente baseado em RV. O estudo avaliou variáveis como produtividade, carga de tarefas, frequência cardíaca, pausas contínuas. Nos questionários, os participantes reclamaram de queda do bem-estar e de que se sentiam menos estimulados a trabalhar.

Tabela utilizada para avaliar os voluntários do estudo "Quantifying the Effects of Working in VR for One Week”