IA Generativa está mudando o perfil dos empregos

Dois em cada três CEOs afirmam que o sucesso da IA Generativa depende mais de convencer as pessoas a adotar e aprender a usar do que da tecnologia em si. O relatório "2024 IBM's CEO Study", que ouviu 3 mil CEOs globais, aponta que o maior obstáculo não é escolher a "tecnologia certa" – seja ChatGPT, Gemini, Copilot etc – mas fazer com que os funcionários se sintam confortáveis com os novos processos de trabalho e aceitem a mudança.

"O que vai se esperar cada vez mais dos profissionais é a capacidade de utilização de ferramentas de IA Generativa", afirma Mario Maffei Neto, Gerente de Divisão de Tecnologia da Michael Page, empresa especializada em recrutamento de profissionais de alta e média gerência. Ele compara este momento a outro no final dos anos 1990, em que os jovens profissionais que chegavam às empresas aprendiam como usar e-mails para se comunicar. 

Para as áreas técnicas, as exigências para IA estão claras. Para outras áreas, como Marketing, Vendas, Finanças e Recursos Humanos, por exemplo, essa busca por pessoas com familiaridade ou com conhecimento sobre IA já aparece. "O que nós vemos, é que fora da área técnica, entra-se mais nos temas do fim da IA. Em Marketing, você pode questionar as ferramentas que o profissional já usou para otimizar e personalizar campanhas. Na área Comercial, a experiência em gerenciamento da ferramenta de chatbot. Ele não precisa saber qual a programação utilizada, está mais intrínseco", diz.

IA Generativa e o mercado de trabalho: mudanças em curso