s
Com 61% dos jovens interessados em carreiras sustentáveis, o Brasil se destaca na transição verde — mas ainda há lacunas de formação (Crédito: Freepik)
TENDÊNCIAS

Green skills: só 44% dos jovens se sentem prontos para o futuro verde

A maioria quer trabalhar com sustentabilidade, mas diz não ter as habilidades necessárias. Estudo destaca lacunas por país e região

Por Soraia Yoshida 20/05/2025

A juventude global está pronta para liderar a transição verde – mas precisa de suporte institucional para transformar preocupação em ação concreta. Os jovens querem ser agentes ativos da transformação climática, mas não contam com as “habilidades verdes” necessárias para a transição: 61% dos jovens entre 16 e 24 anos acreditam que o desenvolvimento de habilidades verdes pode abrir portas para novas oportunidades de carreira, mas menos da metade (44%) sente que possui essas competências hoje. Essa lacuna é ainda mais profunda em áreas rurais, onde apenas 38% dos jovens se sentem equipados com essas competências, ante 48% nas regiões urbanas e suburbanas.

A maior parte dos jovens acredita que as “green skills – habilidades técnicas e comportamentais voltadas para a Sustentabilidade, como Gestão de Resíduos, Agricultura Regenerativa, Energia Limpa e Análise de Dados Ambientais – são essenciais para o futuro. No entanto, há um descompasso entre o interesse e a preparação efetiva, segundo um estudo elaborado pelo Capgemini Research Institute em colaboração com a UNICEF/Generation Unlimited.

O relatório “Youth Perspectives on Climate: Preparing for a Sustainable Future” ouviu 5.100 jovens em 21 países, sendo 83% do Sul Global – área que engloba África, América Latina e Caribe, Ásia (excluindo Israel, o Japão e a Coreia do Sul) e Oceânia (excluindo Austrália e Nova Zelândia). O levantamento mostra que a chamada “eco-ansiedade” está se tornando uma característica geracional. Globalmente, 67% dos jovens se dizem preocupados com os efeitos das mudanças climáticas sobre o futuro, um salto em relação aos 57% apontados por uma pesquisa da UNICEF USA em 2023. Nos Estados Unidos, o índice chega a 81%.

Este é um conteúdo exclusivo para assinantes.

Cadastre-se grátis para ler agora
e acesse 5 conteúdos por mês.

É assinante ou já tem senha? Faça login. Já recebe a newsletter? Ative seu acesso.

Menos deals, mais estratégia

Tendências

Menos deals, mais estratégia

O funil do Corporate Venture Capital segue frágil no Brasil e as empresas precisam escolher onde gerar valor.

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Inteligência Artificial

IA no trabalho: entre dopamina, workslop e risco regulatório

Pesquisas recentes mostram que chatbots e copilots podem capturar atenção como redes sociais e máquinas caça-níqueis. E já há um preço alto sendo pago nas empresas.

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Tendências

Trabalho híbrido 2.0: quando e como trabalhar?

Em 2025, a discussão sobre o futuro do trabalho muda de lugar: sai do “onde” e entra no “quando”, abrindo espaço para mais IA, microshifting e monitoramento digital.

Como aumentar a segurança da GenAI?

Inteligência Artificial

Como aumentar a segurança da GenAI?

Tratando segurança como arquitetura e não como filtro no fim do funil. Aplicações que nascem com detecção, supervisão e resposta em camadas independentes escalam com menos sustos.

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Inteligência Artificial

Otimismo e medo: como os brasileiros veem a IA no trabalho

Pesquisa mostra que 85% dos trabalhadores acham que a IA vai impactar seus empregos. O Brasil é o mais otimista da América Latina, mas também sente medo de ser substituído

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Tendências

ESG em evolução: menos discurso, mais valor tangível

Apesar da percepção de recuo, o ESG está se transformando. Dados mostram que líderes priorizam o tema e empresas capturam valor com IA, KPIs estratégicos e parcerias de longo prazo