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A adoção da IA depende de motivação, treinamento e incentivo (Crédito: Freepik)
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Como superar as barreiras humanas na adoção da IA no trabalho

A resistência à Inteligência Artificial não é tecnológica, mas comportamental. Veja como motivação, treinamento e incentivo podem acelerar a adoção da IA nas empresas

A adoção efetiva da Inteligência Artificial Generativa no ambiente de trabalho depende muito mais do comportamento humano do que da própria tecnologia. Um estudo da Slack apontou que 76% dos trabalhadores sentem a necessidade de aprender sobre IA, mas apenas 33% a utilizam em suas atividades diárias. Mais preocupante ainda, 48% dos trabalhadores administrativos afirmam que se sentiriam desconfortáveis em admitir para seus gestores que usam IA para tarefas comuns.

Para superar essas resistências, é fundamental compreender os elementos que impulsionam a adoção da IA. O professor Scott A. Snyder, da Wharton School, cita neste artigo que três fatores precisam estar alinhados para que um comportamento se torne habitual:

  • Motivação: Os colaboradores precisam enxergar valor no uso da IA, seja na forma de ganho de tempo, aumento da produtividade ou melhoria da qualidade do trabalho.
  • Habilidade: É necessário oferecer treinamento e experiências práticas que tornem a tecnologia acessível e compreensível.
  • Gatilho: As empresas devem criar incentivos claros para que funcionários utilizem IA regularmente, como reconhecimento ou oportunidades de crescimento.

Snyder sugere uma adaptação do Modelo Fogg para que lideranças entendam como até mesmo funcionários treinados e motivados podem resistir à adoção da IA. O “esforço mental” e o “desvio social” podem criar barreiras porque as pessoas não querem parecer “preguiçosas” ou “incompetentes” por recorrer à IA. Uma solução: que líderes reconheçam abertamente sua própria curva de aprendizado e IA normalizem a experimentação.

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