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DATA-DRIVEN

A vida secreta dos dados

O surgimento de novos algoritmos e modelos analíticos pode dar aos dados uma "vida secreta", a partir de seu uso não intencional e não autorizado. O que podemos fazer para evitá-la?

Todo artefato de dados — de uma notícia a um filamento de DNA ou a uma selfie — tem o potencial de gerar variedades diversas e aparentemente infinitas de novos dados. Que, por sua vez, podem ser organizados de novas maneiras e utilizados para novos fins. Partindo dessa premissa, Aram Sinnreich e Jesse Gilbert, autores do livro "The Secret Life of Data: Navigating Hype and Uncertainty in The Age of Algorithmic Surveillance", alertam sobre como os recentes avanços nas tecnologias de visão e computação continuam a acelerar a proliferação de dados, aprofundar seu impacto em nossas vidas e nos apresentar dilemas éticos e sociais.

Com o surgimento de novos algoritmos e novos métodos analíticos, os conjuntos de dados existentes podem revelar percepções além de sua finalidade original. Independentemente do uso pretendido, os dados geralmente possuem potenciais ocultos e sempre têm uma “vida secreta”. “Como esses dados serão usados por outras pessoas, em outros momentos e lugares, têm implicações profundas em todos os aspectos de nossas vidas, desde nossos relacionamentos íntimos até nossas vidas profissionais e nossos sistemas políticos”, argumentam. É sério. O milionário Mark Cuban, por exemplo, teme que algoritmos decidam a eleição presidencial de 2024 nos Estados Unidos, a primeira sob o impacto direto da fusão do neurotargenting com a IA Generativa.

O livro se concentra principalmente nas consequências de longo prazo da recente corrida da humanidade para digitalizar, armazenar e analisar todos os dados sobre nós mesmos e o mundo em que vivemos. Os autores defendem “soluções lentas” em relação ao nosso relacionamento com os dados, como a criação de novas leis e regulamentações, ética e estética, frameworks e modelos de produção para nossa sociedade de dados. Um desafio conceitual, uma vez que não temos certeza sobre o que exatamente pretendemos controlar, manipular e regular, alertam.

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