Diante de um contexto cada vez mais volátil, incerto, complexo e ambíguo, as empresas sofrem pressões crescentes em favor de se adaptarem às constantes mudanças. Tal adaptação depende de decisões e ações dos gestores, visando tornar as empresas mais próximas de aspectos econômicos e institucionais em seus mercados de atuação. Dentre as diferentes maneiras de realizar essa adaptação, duas se destacam: revolução e evolução.
A revolução ocorre após a empresa passar por um longo período de estabilidade e manutenção em suas operações, geralmente em função da resistência à mudança observada por seus membros dos altos escalões, como presidente e diretores. Este padrão dura até o momento em que as pressões do mercado ou crises institucionais tornam imperativa a transformação da empresa, que passa então por uma intensa reestruturação, conduzida de cima para baixo na hierarquia.
O recente caso do grupo empresarial Alibaba é um bom exemplo de adaptação por meio da revolução. Somente a partir do momento em que esta grande corporação de tecnologia passou a enfrentar crescentes pressões do governo chinês, desaceleração em seu crescimento e queda no preço das ações, é que os responsáveis pelo Alibaba deram início a uma grande reestruturação. Assim, suas várias unidades de comércio digital na China passaram a ser combinadas e gerenciadas por uma nova equipe internacional de comércio digital.
Diferentemente, a adaptação nas empresas por meio da evolução ocorre de maneira gradual e contínua. Grande parte das vezes, isso depende da ação de gestores das operações e de relacionamento com clientes, que identificam novas oportunidades de negócio e começam a viabilizar recursos financeiros e humanos cada vez mais volumosos. Então, em certo espaço do tempo, tais iniciativas promovidas de baixo para cima na hierarquia tornam-se tão importantes que os responsáveis pela empresa alteram suas estratégias para acomodá-las.
A Intel representa um caso emblemático de adaptação por meio da evolução. Originalmente concentrada no mercado de chips de memória, a empresa enfrentou sérias dificuldades de competir com corporações asiáticas, que possuíam grandes vantagens de escala e custos. Diante desse cenário desafiador, os responsáveis pela Intel decidiram dar autonomia para os gestores de suas unidades industriais decidirem onde investir, de acordo com a lucratividade dos produtos. Dessa maneira, com o passar do tempo, tais gestores direcionaram a produção da Intel para microprocessadores, a qual foi incorporada como componente central na estratégia da empresa.
Revolução e evolução não precisam ser concorrentes. Pelo contrário, podem e devem atuar como maneiras complementares de promover a adaptação das empresas em seus mercados de atuação. Coincidentemente, as empresas mais capazes de sobreviver ao longo do tempo são aquelas que conciliam iniciativas autônomas, conduzidas por pessoas da base, com programas de mudança induzidas pelos membros dos altos escalões.
Revolução e evolução devem atuar como maneiras complementares de promover a adaptação das empresas em seus mercados de atuação
O discurso da estratégia é recorrente em organizações de todo o tipo, principalmente nas empresas
A estratégia vai muito além das escolhas sobre como uma empresa deve se posicionar para obter retornos acima da média
Comece a enxergar estratégia como “profissão”, que exerce importante papel em nossa sociedade
Estratégia aberta: mais transparência, maior inclusividade e compartilhamento entre os stakeholders
Aproveite nossas promoções de renovação
Clique aquiPara continuar navegando como visitante, vá por aqui.
Cadastre-se grátis, leia até 5 conteúdos por mês,
e receba nossa newsletter diária.
Já recebe a newsletter? Ative seu acesso