O estado atual das iniciativas das empresas para medir suas emissões de gases de efeito estufa e definir a estratégia para zerar as emissões de CO2 até 2030 (Net Zero) pode ser definido por duas palavras: uma decepção. Um relatório do Boston Consulting Group (BCG), resultado de entrevistas com 1.290 empresas globais, de 9 diferentes verticais econômicas, mostra que 91% delas não conseguem medir nem corretamente, nem completamente, suas emissões. E 50% delas declaram saber que estão errando em até 40% os valores.
Sem métricas corretas, impossível saber se está acertando ou mesmo estabelecer uma estratégia clara de redução da pegada de carbono. “Se você errasse seu relatório financeiro em 40%, seria mandado para a cadeia”, diz Mike Lyons, diretor e partner do BCG. Durante a conferência de imprensa na quarta-feira (13/10) para apresentar o relatório, Sylvain Duranton, líder global do BCG GAMMA e coautor do documento, relatou casos reais que poderiam ser classificados como histórias de horror:
A pesquisa identificou vários pontos nevrálgicos nas métricas, todos decorrentes da incapacidade de coletar e analisar dados granulares e extensos das emissões internas e externas das companhias.
O caminho para resolver, segundo Charlote Degot, diretora e partner do BCG GAMMA e coautora do relatório, é abandonar os modelos tradicionais e as planilhas para usar automação e plataformas de IA. A experiência de Charlotte com empresas que usam modelos de CO2 IA indica que a habilidade de rastrear completamente as emissões aumenta em até 40%.
Ao colocar cientistas de dados e modelos de IA para medir todas as variáveis, a granularidade das emissões é levada em conta e mantida sob medição constante e extensa. No exemplo de uma empresa de bebidas que utiliza garrafas de vidro, Charlotte explica em vídeo como o modelo de IA leva em conta outras variáveis que não apenas o número de garrafas: cor do vidro, percentual de reciclagem, país de origem, modelo de transporte etc.
“Com esse tipo de metodologia, as empresas conseguem de fato agir, já que podem definir metas que fazem sentido, identificar iniciativas bem concretas e recalcular as emissões ao longo do tempo e medir o progresso”, explica.
Para saber mais:
O empreendedorismo brasileiro vai ter espaço na Conferência Climática da ONU (COP26), que acontece em Glasgow, Escócia, entre 31 de outubro e 12 de novembro. Das 18 startups globais selecionadas para o COP26 Global Scale-Up Programme, cinco são brasileiras. O programa é gerido pela CivTech Alliance, uma rede de organizações focadas em gestão publica, que inclui a InvestSP, o IdeiaGov, e o BrazilLAB.
Vinte e seis scale-ups concorreram às 18 vagas e 40% das inscrições foram brasileiras. O resultado foi a seleção de cinco para a turma que, aAo longo de 7 semanas, vão participar de imersões internacionais, conectando com os ecossistemas de inovação dos países que participam da iniciativa: Escócia, Espanha, EUA, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Austrália, Lituânia, Polônia e Brasil. Conheça as cinco:
Em um cenário dominado por rupturas, a Deloitte apresenta conceitos inovadores que apontam o futuro da gestão de pessoas e da liderança organizacional.
O negócio agora é mirar nos biotwins, os gêmeos digitais de seres humanos, que devem revolucionar a medicina de precisão e o desenvolvimento de novos tratamentos.
Rob Giglio, Chief Customer Officer, revela como a simplicidade e a cultura humanizada garantem a lealdade dos usuários
Tom Eggemeier aposta em redes colaborativas de IA e humanos para garantir resoluções rápidas e eficiência financeira
Conferência revela como soluções automatizadas e personalizadas estão transformando o relacionamento com clientes e impulsionando o setor no Brasil e nos países da América Latina
A legaltech Jusbrasil aposta que consegue, com sua nova plataforma, eliminar as assimetrias do setor.
Aproveite nossas promoções de renovação
Clique aquiPara continuar navegando como visitante, vá por aqui.
Cadastre-se grátis, leia até 5 conteúdos por mês,
e receba nossa newsletter diária.
Já recebe a newsletter? Ative seu acesso