A startup francesa Ynsect anunciou no início de outubro um aporte de US$ 224 milhões, totalizando US$ 372 milhões investidos na produtora de proteína de insetos. O alto valor do investimento valida a tese de que os insetos fazem parte do futuro da alimentação em um mercado que será alavancado pela tecnologia.
A estimativa é de que, até 2023, o setor de proteína de insetos movimente US$ 1,78 bilhão ao ano. O crescimento da indústria esbarra na regulação alimentar de cada país, então a maior parte da produção ainda é destinada ao consumo animal - a Ynsect, por exemplo, está focada em ração para peixes. No entanto, a aprovação do consumo humano de algumas espécies de insetos pela União Europeia deve acelerar os processos regulatórios mundialmente.
Em uma lista das principais tendências para o mercado de comida e bebida em 2021, publicada pela Forbes, o consumo de insetos está em destaque. O artigo destaca que cerca de 2,5 bilhões de pessoas já comem insetos na rotina, especialmente na África e Ásia, mas também na América do Sul. Se o “nojo” dos consumidores ocidentais pode ser considerado uma barreira para o crescimento da indústria, vale lembrar que, até duas décadas atrás, o peixe cru sofria do mesmo problema e foi rapidamente popularizado.
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