A Amazon lançou na última quinta-feira um serviço de assistência virtual para condomínios residenciais. Agora, a Alexa pode ser integrada a todos os apartamentos de um mesmo prédio, como uma ferramenta de gestão de propriedade e um atrativo para inquilinos. A novidade é mais um modelo B2B de contratação da Alexa, que também está disponível para empresas.
A estimativa é a de que o mercado de gestão de propriedades cresça 9% ao ano e atinja US$ 23,6 bilhões até 2026 globalmente. A atividade passa por um processo de transformação digital que tem as tecnologias de smart homes entre as principais tendências.
Em uma análise mais ampla, o lançamento da Amazon está inserido no contexto das smart cities, as cidades inteligentes. A aquisição da Ring, startup de campainhas tecnológicas, vai no mesmo sentido. A empresa de Jeff Bezos também fornece, por meio da nuvem AWS, diversos serviços para a “transformação das cidades”, como sensores de poluição e soluções de cibersegurança em larga escala.
É uma estratégia para criar um sistema que integre todos os elementos de uma cidade (dentro e fora das casas) por meio de tecnologias como big data, inteligência artificial e internet das coisas. Há indícios de que smart cities trazem benefícios reais às pessoas. No entanto, o risco é muito grande quando há a possibilidade de uma empresa possuir o monopólio da inteligência de uma cidade inteira.
Do outro lado do mundo, o governo chinês e o grupo Alibaba, principal rival da Amazon a nível global, fizeram uma parceria para tornar Hangzhou uma smart city. O trânsito da cidade, bem como serviços de segurança, estão integrados a um sistema de inteligência artificial chamado City Brain. Ele controla desde semáforos até os chamados de autoridades em casos de incêndio, por exemplo, de acordo com dados coletados por uma rede de sensores.
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