Um pouco de pesquisa, um pouco de sugestionamento. Relatórios já aguardados nesta época do ano, que pretendem determinar as prioridades na agenda do CEO para 2024, são enfáticos em relação à adoção da Inteligência Artificial — trata-se de um investimento prioritário e até obrigatório, segundo tais previsões. E quem ainda não começou a fazer isso já está atrasado, podendo sofrer consequências irreversíveis, segundo essas análises.
Só que problemas complexos não cabem em sentenças e soluções generalistas. Embora seja um tema presente e deva estar na pauta das empresas, a IA mostra-se, no mundo real das corporações brasileiras, um campo de questionamento e experimentação. Desafios e metas estabelecidos para o ano que começa podem simplesmente não envolver IA como ferramenta que contribuirá diretamente para alcançá-los. Mas esta não é uma conclusão que enfeita um relatório de pesquisa sobre agenda do CEO para 2024, não é verdade?
A realidade é que as empresas estão — e devem estar — altamente criteriosas e cuidadosas com o investimento tecnológico. Afinal, ainda estamos lutando contra fatores como baixa produtividade, margens mais apertadas, juros mais altos, volatilidade de confiança na economia, dependência externa muito alta, entre outras dificuldades internas e externas. Por isso, é fundamental que a agenda seja inteligente e que busque, em partes, resultados de curto prazo, enquanto outros projetos e métricas garantam o futuro da companhia.
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