Soluções para evitar o consumo de alimentos de origem animal existem há séculos — de acordo com o The Good Food Institute (GFI), a indústria de carne plant-based dos Estados Unidos remonta ao século 19. A grande novidade dos últimos anos é a criação de produtos capazes de replicar o gosto e a aparência de leite, ovos e proteínas animais tradicionais só com plantas e tecnologia — aliás, muita tecnologia. A comida que antes era restrita a vegetarianos e veganos está entrando no prato de mais e mais pessoas, com a mudança de lifestyle e de comportamento de compra do consumidor. Em ascensão, o mercado plant-based vem atraindo tanto startups quanto grandes empresas alimentícias.
Opções de produtos à base de plantas já estão disponíveis em todos os continentes e têm aumentado sua relevância na indústria alimentícia. No relatório "Plant-Based Foods Poised for Explosive Growth", a Bloomberg Intelligence (BI) calcula que o mercado de alimentos plant-based deverá corresponder a 7,7% do mercado global de proteínas até 2030, quando valerá mais de US$ 162 bilhões — em 2020, o valor de mercado era de US$ 29,4 bilhões. Dados do GFI também demonstram o crescimento acelerado do setor: as vendas globais de carne plant-based somaram US$ 5,6 bilhões em 2021, um crescimento de 17% na comparação com o ano anterior. No segmento de leites à base de planta, o resultado anual foi ainda melhor: US$ 17,8 bilhões e um crescimento de 14% na mesma comparação.
Os dados trazem boas notícias para as foodtechs brasileiras do setor, as grandes pioneiras da indústria no Brasil. Startups como Fazenda Futuro, N.OVO e The New lançaram seus primeiros produtos ainda em 2019. Desde então, mais alimentos do tipo foram colocados nas prateleiras dos mercados e no menu de restaurantes nacionais, onde já é possível encontrar alternativas à base de plantas para bebidas, sorvetes, coxinhas, hambúrgueres, ovos e cortes inteiros de carne.
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