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STARTUPS

Venture Debt ganha tração no Brasil

As vantagens? Capitalizar e alavancar o crescimento das empresas sem diluição societária e com ganhos maiores para os investidores credores, com direito a bônus se a startup for bem-sucedida

Todo fundador sabe como pode ser estressante aumentar o patrimônio de sua empresa, especialmente quando os mercados estão em turbulência. Mas já faz algum tempo que os VCs deixaram de ser a única opção de captação de recursos para startups. Outra modalidade de financiamento, chamada Venture Debt (ou dívida de rico, em português), vem crescendo em todo mundo como alternativa para aquelas empresas que precisam de fôlego financeiro maior que o seu faturamento e/ou os investimentos obtidos em rodadas anteriores, seja para capital de giro, para a aquisição de uma nova empresa, ou recompra de ações, por exemplo, mas não tem como obter a liquidez necessária via operações tracionais, como um empréstimo.

“Venture debt é a captação de grana por meio de dívida junto a fundos de investimento, principalmente, paga acrescida de uma taxa de juros variável, geralmente mais alta. É um dinheiro muito caro”, explica Renata Simon, sócia do Candido Martins Advogados. Então, é vantajoso? Sim. Para a startup, possibilita esticar o runway sem a obrigatoriedade de uma nova diluição acionária. Ela não ganha um novo sócio, ganha um credor. Já quem investe olha para a possibilidade de uma remuneração maior, em um prazo menor: cerca de dois a três anos. Cinco, no máximo. O retorno geralmente acontece na forma de parcelas a serem definidas entre os sócios da empresa e os investidores. E quase sempre inclui um kicker, que é uma remuneração atrelada ao sucesso da empresa durante o período da dívida. 

Existem quatro componentes principais de custo. Uma taxa inicial para organizar a instalação, taxas de juros com flexibilidade de reembolso, uma taxa de pagamento final e garantia flexível conforme as características e necessidades da startup. Em muitos aspectos, o processo é semelhante ao de uma hipoteca. Os credores avaliam sua qualidade de crédito, a força de sua garantia e a probabilidade de inadimplência para decidir sobre os termos ajustados ao risco a serem oferecidos. Medem o risco do investimento (e a taxa de juros correspondente) com base no desempenho do negócio no pior cenário possível. E liberam o necessário para permitir que a startup execute seu plano de negócios e passe ao próximo estágio de sua jornada de crescimento. 

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