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A chegada do NEO inaugura uma era em que máquinas ganham corpo, aprendem com o ambiente e começam a dividir tarefas humanas (Crédito: Reprodução/YouTube)
TENDÊNCIAS

Robôs humanoides: do chão de fábrica à sala de estar

Robôs humanoides deixam os laboratórios e começam a ocupar o espaço humano — no trabalho, nas indústrias e dentro de casa

Por Soraia Yoshida 04/11/2025

Com 1,68 m de altura e 30 kg, NEO é o primeiro robô humanoide voltado ao uso doméstico e interativo. Capaz de lavar, limpar, organizar e conversar, NEO foi desenhado para “aprender com o ambiente”, segundo o CEO da 1X Technologies, Bernt Børnich. Com todo o barulho pela novidade, NEO se tornou a “cara” mais conhecida da IA Incorporada (Embodied AI), em que máquinas não apenas pensam, mas interagem fisicamente com o mundo ao redor.

Os robôs humanoides representam hoje uma das tendências tecnológicas mais fortes nos últimos dois anos. Em 2024, esse segmento atraiu cerca de US$ 2,5 bilhões em investimentos de capital de risco, aponta a Bain & Company. As expectativas de implantação repousam no envelhecimento da população: com menos pessoas em idade ativa para sustentar os aposentados, podemos ter uma lacuna de quase 8 milhões de trabalhadores da indústria de manufatura até 2030, aumentando a demanda por automação. Os robôs entrariam para sustentar o crescimento econômico durante essa mudança demográfica.

Empresas como BMW, Mercedes-Benz e Amazon já testam robôs humanoides em tarefas logísticas. A BMW está utilizando o robô da Figure AI para transporte interno de componentes, e a Amazon pilota o modelo Digit, da Agility Robotics, para movimentar caixas em armazéns. Na Tesla, o robô humanoide “da casa” Optimus está em teste nas gigafactories. Esses primeiros casos de uso revelam uma tendência: a adoção inicial ocorre em ambientes estruturados e previsíveis, onde a mobilidade e a antropomorfia (semelhança física com humanos) geram vantagens práticas.

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