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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

Para essa galera, é hora de tirar a IA do controle das Big Techs

Durante anos, as gigantes da Internet definiram a agenda global de pesquisa em IA. Agora, grupos como Black in AI e Queer in AI estão buscando mudar esse cenário. Conseguirão?

Por Cristina De Luca 16/06/2021

O mercado global de IA está projetado para atingir US $ 998 bilhões em 2028, representando uma taxa composta de crescimento anual de 40,2%, de acordo com relatório recém publicado pela Grand View ResearchOs dados mostram uma movimentação de aproximadamente US $ 60 bilhões em 2020, chegando aos US $ 100 bilhões este ano.  Os analistas da Grand View observam que as organizações estão injetando IA em praticamente todos os seus programas esstratégicos, de carros autônomos a equipamentos médicos. E cita especificamente Amazon, Google, Apple, Facebook, IBM e Microsoft como investidores significativos em P&D para IA. Essas empresas transformaram a IA na parte central de seus negócios.

Ao mesmo tempo, as Big Techs se tornaram grandes investidoras também em pesquisas de IA baseadas nas universidades, influenciando fortemente suas prioridades científicas. Com o passar dos anos, cada vez mais cientistas ambiciosos passaram a trabalhar para gigantes da tecnologia em tempo integral ou adotaram uma dupla afiliação.

De 2018 a 2019, 58% dos artigos mais citados nas duas principais conferências de IA tiveram pelo menos um autor afiliado a um gigante da tecnologia, em comparação com apenas 11% uma década antes, de acordo com um estudo realizado por pesquisadores da Radical AI Network, um dos grupos que busca desafiar a dinâmica de poder em IA, segundo reportagem do MIT Technology Review.  Os outros são o Black in AI e o Queer in AI.

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