“O primeiro passo para construir uma carreira sólida e obter sucesso profissional não é ter MBA, falar três línguas e ser um C-level antes dos 30 anos. É ser quem você é.” A opinião pode parecer genérica quando emitida por qualquer um de nós, mas quem a proferiu foi Caroline Marcon, consultora organizacional especializada na transformação cultural de grandes empresas, formada em Gestão de Mudança em Organizações Complexas pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT Sloan) – condição que, automaticamente, transforma esta opinião em conselho.
Antes de fundar sua organização (que tem entre seus clientes a Vale, Natura, Unimed, Pepsico, TV Globo e Cargill), ela atuou por nove anos como consultora da Korn Ferry Hay Group e, antes disso, como consultora de formação de lideranças para a Organização das Nações Unidas. Nesta entrevista, ela demonstra sua preocupação com a enorme mobilidade enfrentada no último ano pelos gestores de talentos e também com as aflições crescente dos CEOs perante as crises observadas pós-pandemia.
"Não é fácil ser CEO. O mercado é darwinista. E, com as recentes crises – pandemia, energética, de abastecimento – eles estão amadurecendo pela dor.
Alguns paralisam. Eles precisam fugir das receitas prontas e devem encontrar o seu centro. Para o alto executivo é difícil adotar medidas como esta porque eles têm reputação, status, sucesso financeiro. Mas a inovação embute risco. Logo, a saída para avançar na crise é encarar o medo e mostrar ao mundo a originalidade de seu pensamento. Como se não tivesse nada a perder.
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