Nunca foi tão promissor ser uma empreendedora. Segundo o relatório “Global Report 2024/2025: Entrepreneurship Reality Check“, do GEM (Global Entrepreneurship Monitor), há atualmente cerca de 658 milhões de mulheres fundadoras e donas de negócios ao redor do mundo. Mais impressionante ainda: quase dois terços delas estão nos estágios iniciais da jornada empreendedora — um índice significativamente mais alto do que entre os homens, entre os quais menos da metade está começando agora. Essa onda feminina de protagonismo nos negócios vem transformando não apenas o cenário empresarial, mas também o social.
De acordo com Amanda Elam, Research Fellow no Babson College, e uma das autoras do “Women’s Entrepreneurship Report: Reshaping Economies and Communities“, do GEM, “o empreendedorismo feminino é a principal solução política para déficits em saúde e educação”. Isso porque, historicamente, as mulheres tendem a liderar negócios que se conectam com necessidades reais da comunidade — criando ambientes que promovem bem-estar, inclusão e qualidade de vida. Como consequência, empresas de outros setores acabam sendo atraídas por essas regiões, ampliando o desenvolvimento local.
Esse fenômeno tem gerado uma espécie de despertar no campo do desenvolvimento internacional. Se antes as políticas públicas ignoravam o potencial de impacto das mulheres nos negócios, agora há uma mudança de perspectiva: apoiar empreendedoras passou a ser visto como uma estratégia inteligente para construir sociedades mais equilibradas, com oportunidades reais de crescimento sustentável.
Reconhecendo esse movimento, a Forbes lançou seu primeiro ranking global exclusivo com as 50 mulheres mais ricas do mundo que construíram suas fortunas sozinhas. Juntas, elas acumulam um patrimônio de US$ 276 bilhões — uma média de US$ 5,5 bilhões por pessoa. Embora estejam longe de serem “empreendedoras iniciantes”, representam o que pode acontecer quando ideias ganham força, encontram mercado e rompem barreiras culturais.
É simbólico ver setores tão diversos — de colágeno a carvão — representados nesse ranking. Essas histórias não apenas validam a força da liderança feminina, mas também oferecem modelos reais para quem está começando. Mais do que inspiração, essas trajetórias funcionam como manuais de possibilidade, mostrando que o sucesso não é monopólio de um grupo seleto, mas acessível a quem ousa sonhar e agir.
Promover o empreendedorismo feminino é, portanto, mais do que uma agenda de equidade de gênero: é uma estratégia de impacto coletivo. Quanto mais mulheres tiverem as ferramentas e o apoio necessários para empreender, mais próximas estaremos de um mundo em que desenvolvimento econômico e justiça social caminham juntos. E esse futuro começa agora.
*Rebecca Fischer é co-fundadora da Divibank, fintech brasileira que apoia o crescimento de PMEs por meio de soluções de meios de pagamento e orquestração de pagamentos, com foco em eficiência, conversão e simplicidade operacional para o e-commerce.
Promover o empreendedorismo feminino é, mais do que uma agenda de equidade de gênero, uma estratégia de impacto coletivo, escreve Rebecca Fischer, cofundadora da fintech brasileira Divibank
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